Um vídeo divulgado na véspera do sorteio da Copa do Mundo, ainda em
dezembro, colocou alguns astros da seleção alemã ensaiando palavras em
português. A ação da DFB (Federação Alemã de Futebol) espalhou-se como
um vírus, e logo Manuel Neuer, Philipp Lahm e companhia caíam nas graças
do brasileiro.
Seria apenas o pontapé inicial para uma relação intensa, ao menos no
Nordeste, durante esta fase de grupos, que terminará com a estreia da
camisa inspirada no Flamengo, quinta-feira, contra os Estados Unidos, na
Arena Pernambuco.
Tende a ser o ápice do “pouquinho de Brasil que existe dentro de nós”, frase lida pelos jogadores no vídeo em que o brasileiro naturalizado alemão Cacau ocupa o cargo de professor. Desde que chegou ao país, no dia 8 de junho, a Alemanha se transformou numa das seleções mais carismáticas do Mundial, conquistando o povo com a naturalidade de quem veste a camisa e canta o hino do Bahia, casos de Neuer e Bastian Schweinsteiger, ou com a meticulosidade de quem se planejou por três longos anos para acertar na escolha do uniforme.
Tende a ser o ápice do “pouquinho de Brasil que existe dentro de nós”, frase lida pelos jogadores no vídeo em que o brasileiro naturalizado alemão Cacau ocupa o cargo de professor. Desde que chegou ao país, no dia 8 de junho, a Alemanha se transformou numa das seleções mais carismáticas do Mundial, conquistando o povo com a naturalidade de quem veste a camisa e canta o hino do Bahia, casos de Neuer e Bastian Schweinsteiger, ou com a meticulosidade de quem se planejou por três longos anos para acertar na escolha do uniforme.
Seleção usou uniforme nos amistosos contra Chile (vitória por 1 a 0) e Camarões (empate por 2 a 2) (Foto: DFB.de)
A jogada assumidamente de marketing envolveu três pilares: o Flamengo, a DFB e, claro, a fornecedora de material esportivo que está ligada aos dois. Já havia uma insatisfação com o modelo antigo, o verde utilizado na Eurocopa de 2012 e marcante na Copa de 1974. Então os responsáveis ligaram os pontos e chegaram à conclusão de que o time de maior torcida no Brasil seria o fator mais atraente.
Se na Alemanha não houve grande comoção com o lançamento da camisa, em fevereiro, no Rio de Janeiro, as lojas vendiam como água. Até o momento, a seleção já comercializou 2 milhões de unidades, contabilizando também o uniforme branco (os números são 30% maiores do que em 2006, quando o país sediou a Copa).
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A Adidas fez um estudo de marketing e tivemos algumas opções quando
escolhemos o uniforme reserva. Em relação a ter vendido tanto, para
algumas pessoas virou sinal de status. A camisa verde foi abolida porque
não era muito popular. Eu mesmo não gostava – disse o manager Oliver
Bierhoff.
Os jogadores aprovaram o toque rubro-negro (cores que estão na bandeira do país, diga-se). O volante Schweinsteiger, patrocinado pela mesma empresa, chegou a posar com a camisa do Flamengo no CT do Bayern de Munique, em maio.
- Foi um prazer conhecer o Flamengo pessoalmente. Do Rio para o mundo. Espero vê-lo em breve no Brasil – disse em seu perfil nas redes sociais na época.
- Talvez a grande vantagem de jogar com o uniforme reserva é que teremos apoios não apenas dos alemães, como dos torcedores locais também – contou Müller, sem saber que o Sport, clube da cidade em que jogará, e o Vitória, time do palco da estreia, também têm camisas semelhantes.
Os jogadores aprovaram o toque rubro-negro (cores que estão na bandeira do país, diga-se). O volante Schweinsteiger, patrocinado pela mesma empresa, chegou a posar com a camisa do Flamengo no CT do Bayern de Munique, em maio.
- Foi um prazer conhecer o Flamengo pessoalmente. Do Rio para o mundo. Espero vê-lo em breve no Brasil – disse em seu perfil nas redes sociais na época.
- Talvez a grande vantagem de jogar com o uniforme reserva é que teremos apoios não apenas dos alemães, como dos torcedores locais também – contou Müller, sem saber que o Sport, clube da cidade em que jogará, e o Vitória, time do palco da estreia, também têm camisas semelhantes.
Schweinsteiger 'retribuiu' e posou com a camisa do Flamengo ainda na Alemanha (Foto: Reprodução )
Nos dois primeiros jogos (em Salvador e Fortaleza), a presença da blusa já foi notada, ainda que mais pelos brasileiros do que propriamente os alemães.
- Comprei assim que consegui, mas foi muito difícil. No Brasil não tinha mais, acabou muito rápido. Eu pedi para um amigo trazer de fora, porque não tinha nem na internet mais. Foi uma homenagem muito justa à nação e ao Brasil, e agradou ao público em cheio. É só você ver a quantidade de gente com essa camisa. Foi um acerto mais da fornecedora do que da Federação, na minha opinião, já que é a mesma que patrocina o Flamengo - afirmou Ricardo Vasconcelos, comerciante e rubro-negro.
Se
tudo correr dentro do esperado, a Alemanha terá a oportunidade de jogar
no Maracanã no dia 4 de julho, pelas quartas de final. Mas há quem
imagine um cenário além, com uma decisão sem o Brasil sendo positiva.
- Eu nasci na Paraíba, moro no Recife desde pequeno, mas sou flamenguista. É meu único time. Eu tive a obrigação de comprar esta camisa e torcer para a Alemanha. Foi uma excelente jogada de marketing. Imagina se o Brasil não estiver na final e a Alemanha estiver? O Maracanã vai estar todo de vermelho e preto. Vai ser lindo de se ver – encerrou Leonardo Castro, de 32 anos.
- Eu nasci na Paraíba, moro no Recife desde pequeno, mas sou flamenguista. É meu único time. Eu tive a obrigação de comprar esta camisa e torcer para a Alemanha. Foi uma excelente jogada de marketing. Imagina se o Brasil não estiver na final e a Alemanha estiver? O Maracanã vai estar todo de vermelho e preto. Vai ser lindo de se ver – encerrou Leonardo Castro, de 32 anos.
Rubro-negros não hesitam em comprar a camisa da Alemanha para a Copa do Mundo (Foto: Helena Rebello)
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