A procuradoria-geral do STJD pedirá a exclusão da Portuguesa da Série
B do Brasileirão por ter abandonado a partida contra o Joinville, na
última sexta-feira, na Arena Joinville. A denúncia contra a Lusa pode
sair nesta terça-feira, mas depende da divulgação dos documentos
oficiais da partida.
Ainda sem a súmula, que não está disponível
no site da CBF, a procuradoria já articulou uma denúncia baseada no
artigo 205 do CBJD, que prevê multa, perda de pontos em favor do
adversário e, comprovado prejuízo a terceiros, como outras equipes e
torcedores, a exclusão da competição em disputa.
Segundo
o procurador-geral, Paulo Schmitt, o clube paulista deverá responder
também pela infração ao artigo 69, inciso 2, do Código Disciplinar da
Fifa. O texto prevê rebaixamento a quem "influenciar o resultado da
partida contrariando a ética desportiva".
Os jogadores da Lusa
saíram de campo aos 17 minutos do primeiro tempo, com o jogo empatado
por 0 a 0, por conta de uma liminar obtida no último dia 10 por um
torcedor. A decisão foi cassada no sábado e, segundo a CBF, ela já nem
mesmo valia antes por causa da decisão do STJ de concentrar as ações que
envolvem o rebaixamento da Série A-2013 na Justiça do Rio de Janeiro.
O
rebaixamento poderá custar o ano esportivo da Lusa. Como foi
desclassificada da Copa do Brasil no último dia 9 pelo Potiguar de
Mossoró, a equipe corre o risco de não disputar mais jogos oficias nesta
temporada. O STJD deverá julgar o caso no início da próxima semana.
Além
de denunciar a Portuguesa, a procuradoria também realizará uma denúncia
contra o presidente Ilídio Lico. A denúncia será baseada no artigo
243-A do CBJD (atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim
de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente). Uma das
penas nesta caso é multa de R$ 100 a R$ 100 mil.
SÚMULA COM W.O., DIZ CARTOLA
Segundo
o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, que
será um dos vices na próxima gestão da CBF, o árbitro Marcos Andre Gomes
da Penha, que atuou na estreia da Lusa na Série B, colocou W.O. contra a
Lusa. O documento ainda não está no site da CBF.
- O delegado chamou o time três vezes. Está muito claro - disse ele ao LANCE!Net.
No entanto, Paulo Schmitt, ao saber da infomação via reportagem do L!Net, argumentou que o W.O não se encaixaria na situação.
-
Não houve, porque dependeria do não comparecimento, comparecimento
tardio ou sem equipamento do time. O que houve foi interrupção da
partida, provocada pelo clube. E as penas são as previstas no artigo 205
- explicou.
Se a súmula vier mesmo com o W.O, a denúncia pode ser
no artigo 203 do CBJD, mas isso não alivia para a Lusa, já que as penas
previstas são as mesmas.
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