O que já era evidente nas entrelinhas agora é oficial: Carlos Eduardo
não joga mais com a camisa do Flamengo. Faltando pouco mais de dois
meses para o fim do empréstimo, o Rubro-Negro aguarda uma resposta do
Rubin Kazan para uma rescisão antecipada do vínculo e a liberação para
outro clube. Enquanto isso não acontece, o meia segue treinando
normalmente com os companheiros, mas Jayme de Almeida já definiu que não
o utilizará em nenhuma das nove primeiras rodadas do Brasileirão. A
despedida em campo aconteceu exatamente há um mês, na derrota por 1 a 0
para o Bolívar, em La Paz, pela Taça Libertadores da América.
Desde
então, Cadu até viajou para o Equador para partida com o Emelec e
convocado para concentração do confronto com o León, no Rio de Janeiro,
mas não foi relacionado para o banco de reservas. Em entrevista ao
GloboEsporte.com, Jayme admitiu que a passagem do jogador pelo Flamengo
chegou ao fim e disse que a medida visa preservar o próprio meia dos
protestos do torcedor, que viraram rotina. O treinador reforçou que o
ato determinante para decisão foi o lance na vitória por 5 a 2 sobre o
Macaé, quando Carlos Eduardo foi muito criticado por desistir de jogada
antes de desarme de Amaral que resultou em um gol de Hernane. Desde
então, o camisa 20 entrou em campo somente mais três vezes (duas
entrando no decorrer do jogo).
- Seria até uma
maldade (escalá-lo). Já comentei o que aconteceu (diante do Macaé) e
acho que foi uma maldade o que fizeram naquele lance. Botaram na
televisão, falaram, e ele entrar em campo agora virou uma coisa
complicada, para ser vaiado, ser hostilizado, ser xingado. Isso acaba
influenciando até o próprio time. O Cadu nos ajudou muito, foi campeão
da Copa do Brasil, nos ajudou a não ser rebaixado e só tenho a
agradecer. Torço muito para que ele volte a jogar com tranquilidade no
clube para onde for e que seja muito feliz. É um menino que merece.
Jayme
ressaltou ainda que o ambiente interno é positivo para Carlos Eduardo,
mas a pressão externa acabou sendo determinante na história escrita pelo
jogador com a camisa do Flamengo. Por fim, lamentou ainda que a
passagem termine desta maneira.
- Todo mundo tem um
carinho muito grande por ele. É um menino muito bom, que não faz mal a
ninguém, está sempre alegre e brincalhão. Os meninos gostam muito dele e
sabem que é muito importante para gente. O que aconteceu com ele é uma
pena para o Flamengo, que está deixando de ter um grande jogador. O
início foi duro, veio de contusão, muito tempo parado, mas já se
adaptou. Infelizmente, chega uma hora que é até uma maldade colocá-lo,
sacrificá-lo. É um atleta que entra em campo e não pode errar uma bola
que só falta baterem nele. É para o bem dele não colocá-lo. Evita um
desgaste. Nenhum atleta, nenhuma pessoa merece passar pelo que acontece
com ele quando entra em campo.
Contratado no início
de 2013 como principal nome do início de gestão de Eduardo Bandeira de
Mello, Carlos Eduardo entrou em campo com a camisa do Flamengo em 49
oportunidades e marcou um gol: diante do Cruzeiro, no Mineirão, pelas
oitavas de final da Copa do Brasil. Em 2014, foram apenas sete
aparições.
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