quarta-feira, 9 de abril de 2014

Após eliminação, Jayme pede cabeça erguida e elogia grupo: 'Deu o melhor'



Depois de mais uma eliminação traumática na Libertadores, nada de buscar culpados. Após a derrota por 3 a 2 para o Léon em pleno Maracanã, o treinador Jayme de Almeida procurou manter a tranquilidade, mesmo sabendo das consequências que o revés pode causar. Assim, o comandante rubro-negro fez questão de falar bem sobre seus jogadores e garantir que a cabeça seguirá erguida para os próximos compromissos na temporada.

- (A eliminação) Causa um reflexo hoje, amanhã. Ninguém quer sair da competição. Quando entramos, pensávamos em ir mais longe. Todos ficaram muito tristes com a derrota. Jogo disputado, difícil, mas em nenhum momento tenho que reclamar do grupo, do que fizeram até agora em 2014. Só tenho a elogiar. O Flamengo deu o melhor, não conseguiu, mas a vida segue. Temos um caminho longo pela frente, disputar a final do Carioca e começar o Brasileiro. Vamos voltar a mente para o Carioca. A Libertadores acabou, e se o Flamengo sonhar em voltar tem que lutar e fazer melhor no próximo ano - resumiu.

O Flamengo tem pela frente a decisão do Campeonato Carioca, no domingo, às 16h, contra o Vasco no Maracanã. No domingo seguinte, dia 20 de abril, já estreia pelo Brasileiro, dentro de casa, contra o Goiás.

Confira outros trechos da entrevista do treinador do Flamengo após a derrota:

DESESPERO DA EQUIPE
- Não desespero, mas nosso time quis fazer o terceiro gol com muita vontade. Faltou organização no meio. Tinha falado no intervalo e era principalmente não querer sair. Acho que a torcida levou o time a isso. Faltou um pouco mais de calma, um jogador experiente para o time não sair afoito e fazer o gol a toda maneira. Percebemos isso lá de fora, pedimos calma, para ficar com a bola. Estávamos dando muito espaço para o contra-ataque do León.
 
 VACILOS NA CAMPANHA
- O Flamengo fez o melhor possível. Não tenho que reclamar de nada. Os jogadores se empenharam ao máximo, da melhor maneira possível. Isso de escorregar ou o juiz não marcar falta, faz parte do jogo. O Flamengo tentou. Chegamos perto. Poderíamos ter ido mais longe, acredito. Saímos com o coração partido. Tivemos problemas de contusão, jogadores machucados. Jogamos sempre trocando, improvisando. Por isso, tenho orgulho desse grupo que lutou até o final.

SAÍDA DE ELANO
- Ficaram três garotos que são muito rápidos. O Elano saiu e estávamos contando com ele pela experiência, Copa do Mundo, para dar uma tranquilizada. Infelizmente, ele saiu. No segundo tempo, o time saiu acelerado, a torcida começou a incentivar. Com a cabeçada do Gabriel, quase fizemos 3 a 2, a torcida empolgou e pedi calma. Passamos a jogar de uma maneira louca. Não tínhamos posse de bola e não ficamos agrupados. O jogo ficou aberto.

TOQUE DO LEÓN
- Eles jogam assim, sabíamos disso. Por isso, não queria que o time espalhasse para não darmos a facilidade dessa troca de passe. Saímos atrás, o León tinha qualidade no meio, jogou agrupado e nós ficamos correndo atrás do placar. Quando empatamos, nem pegamos na bola e sofremos o 2 a 1. Conseguimos empatar no primeiro tempo. Fica uma coisa doída. Nos esforçamos ao máximo, vou repetir, e tenho orgulho desses meninos. Não temos que pedir desculpas, porque o time lutou o tempo inteiro. Fica a lição de que podemos sempre qualificar mais o elenco para voltarmos no ano que vem, através da Copa do Brasil ou do Brasileiro. Tiramos lições para participar mais vezes.

DOMINGO
- De hoje para domingo, vai ser duro. Maracanã cheio, torcida querendo muito. Foi uma derrota que deixou todo mundo muito triste. Mas tenho confiança neste grupo. Decidir o título vai motivá-los, a mim também, e vamos tentar dar alegria para a torcida com o título. Temos que nos preparar bem, cabeça boa, para disputar de igual para igual.

NECESSIDADES DO ELENCO
- Isso tem que ser com calma. Fazemos um relatório, comentamos algumas coisas, mas é algo mais no geral. A diretoria tem condição de participar mais dos campeonatos sul-americanos. Não sei se um time que fica há muito tempo sem chegar, será campeão. Se participar mais da Libertadores, vamos ser campeões. Não vou dar desculpa, mas tivemos muitos problemas de contusão que nos deram muito trabalho. Lutamos para caramba, temos que dar os méritos para o Léon. Esporte é isso. Fizeram um grande jogo.

 FLA MERECIA VAGA?
- Acho que o Flamengo fez uma partida muito boa lá contra o mesmo León. Jogamos um segundo tempo contra o Emelec aqui muito bom. Não fomos bem contra o Bolívar, até viramos, mas estávamos inseguros. O jogo na altitude teve o escorregão do Samir, que acontece, mas ainda quase empatamos. E o jogo do Emelec lá foi muito bonito. O que acho que faltou foi o problema do primeiro jogo, que poderia ter feito um resultado melhor, e o Bolívar mesmo não jogando bem tomamos gols. Não tenho o direito de culpar os meus meninos. Convivo com eles e sei o que fizeram e lutaram. Sou responsável pelo Flamengo nesses quatro meses.

FLA, PASSIVO, NÃO SE IMPÔS
O número 5, até porque o Elano voltava de lesão, estava muito solto. Número 5, não, porque não sei o nome. O jogador que joga por ali, de volante. Na metade do primeiro tempo, o Elano saiu. Tentei botar o Gabriel com o Paulinho, melhorou um pouco, deu uma segurada. Da metade (do primeiro tempo) em diante, o time se portou melhor. O início foi ruim, deixamos muito o menino jogar. No segundo tempo, o time se abriu e tentou vencer desesperadamente, sem se agrupar. Queria ganhar de qualquer maneira, na vontade.

AUSÊNCIA DE MEIA NO BANCO
- O Paulinho joga pelo meio, o Everton jogou ali contra o Emelec. Eu tinha várias opções. O Negueba entrou bem lá (no Equador). Depois, coloquei o Nixon, que é atacante, faz gol, para tentar reverter. Mas logo que ele entrou, saiu o terceiro gol do León.

VACILOS NO ATAQUE E NA DEFESA
 - O Flamengo quando perde, perde todo mundo. Se tem que culpar alguém, como comandante... Não tem isso de ataque jogar bem. Quando vence, vence todo mundo. Quando ganha, ganha todo mundo.

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