quarta-feira, 12 de março de 2014

Vice do Flamengo vê Carioca sob risco com atual fórmula: 'No limite, vai acabar'

Wallim Vasconcellos, vice-presidente de futebol do Flamengo, no Arena SporTV (Foto: Reprodução SporTV) Insatisfeitas com os resultados do Campeonato Carioca deste ano, as diretorias de Flamengo, Fluminense e Vasco defendem mudanças na estrutura do Estadual. A edição 2014 tem média de público de 2.470 pagantes. Para o vice-presidente de futebol rubro-negro, Wallim Vasconcelos, se não houver uma alteração significativa no Estadual do Rio, há o risco do "campeonato acabar"

- Precisa mudar não só a fórmula, mas precisa se ter melhores gramados, mais conforto para os torcedores, para os jogadores. Não basta colocar o preço do ingresso baixo. Dependendo do horário de jogo, da fórmula de disputa, do número de times, fica pouco atrativo. Temos que sentar para discutir. A Federação e os clubes. Se o campeonato for um sucesso, é um sucesso para todo mundo. Se for um fracasso, é um fracasso para todo mundo. A televisão daqui a pouco não vai mais querer comprar este produto. Porque seus patrocinadores não vão estar mais satisfeitos com a audiência. No limite, o campeonato vai acabar. Por falta de interessados e de público - afirmou Wallim em entrevista ao "Arena SporTV".

O dirigente do Flamengo disse não entender a rejeição da Federação de Futebol do Rio às mudanças pedidas pelo trio Fla-Flu-vasco.

- Vemos com espanto o tipo de reação às nossas sugestões. Parece que não queremos o bem do Campeonato Carioca. Que é o nosso próprio bem (...) Fizemos uma série de sugestões e elas foram entendidas como um ataque à Federação. Não é nada disso. São sugestões de Vasco, Fluminense e Flamengo, que estão preocupados com o destino do futebol do Rio de Janeiro. Quando se tem uma reação agressiva por parte de dirigentes da Federação, eu não entendo o porquê. Estamos no mesmo barco. Se afundar, vai todo mundo. Não sobra ninguém.

Como pontos a serem mudados no Carioca, o dirigente rubro-negro cita questões financeiras, como a taxa cobrada pela Ferj aos clubes (10%), maior, segundo ele, que a de outros estados; e falta de repasse aos clubes do patrocínio do torneio. Além de questões técnicas, como horários de jogos e qualidade dos estádios.

O presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, foi procurado pela produção do "Arena SporTV" para comentar as declarações do dirigente do Flamengo, mas argumentou que estava em uma reunião. E que concederia entrevista ao programa em uma outra data.


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