Insatisfeitas com os resultados do Campeonato Carioca deste ano, as
diretorias de Flamengo, Fluminense e Vasco defendem mudanças na
estrutura do Estadual. A edição 2014 tem média de público de 2.470
pagantes. Para o vice-presidente de futebol rubro-negro, Wallim
Vasconcelos, se não houver uma alteração significativa no Estadual do
Rio, há o risco do "campeonato acabar"
- Precisa mudar não só a fórmula, mas precisa se ter melhores gramados,
mais conforto para os torcedores, para os jogadores. Não basta colocar o
preço do ingresso baixo. Dependendo do horário de jogo, da fórmula de
disputa, do número de times, fica pouco atrativo. Temos que sentar para
discutir. A Federação e os clubes. Se o campeonato for um sucesso, é um
sucesso para todo mundo. Se for um fracasso, é um fracasso para todo
mundo. A televisão daqui a pouco não vai mais querer comprar este
produto. Porque seus patrocinadores não vão estar mais satisfeitos com a
audiência. No limite, o campeonato vai acabar. Por falta de
interessados e de público - afirmou Wallim em entrevista ao "Arena SporTV".
O dirigente do Flamengo disse não entender a rejeição da Federação de
Futebol do Rio às mudanças pedidas pelo trio Fla-Flu-vasco.
- Vemos com espanto o tipo de reação às nossas sugestões. Parece que
não queremos o bem do Campeonato Carioca. Que é o nosso próprio bem
(...) Fizemos uma série de sugestões e elas foram entendidas como um
ataque à Federação. Não é nada disso. São sugestões de Vasco, Fluminense
e Flamengo, que estão preocupados com o destino do futebol do Rio de
Janeiro. Quando se tem uma reação agressiva por parte de dirigentes da
Federação, eu não entendo o porquê. Estamos no mesmo barco. Se afundar,
vai todo mundo. Não sobra ninguém.
Como pontos a serem mudados no Carioca, o dirigente rubro-negro cita
questões financeiras, como a taxa cobrada pela Ferj aos clubes (10%),
maior, segundo ele, que a de outros estados; e falta de repasse aos
clubes do patrocínio do torneio. Além de questões técnicas, como
horários de jogos e qualidade dos estádios.
O presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Rubens Lopes,
foi procurado pela produção do "Arena SporTV" para comentar as
declarações do dirigente do Flamengo, mas argumentou que estava em uma
reunião. E que concederia entrevista ao programa em uma outra data.
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