- Já aconteceu (eliminação na primeira fase), mas não vai acontecer dessa vez. Pode ficar tranquilo. Foi atípico (jogo contra o Bolívar), queríamos ganhar, mas vamos ganhar agora os outros dois jogos e vamos nos classificar. Esses desafios fazem parte da vida do Flamengo, estamos motivados para ganhar os próximos – disse o mandatário, ao passar pelo saguão do Aeroporto Internacional Tom Jobim na companhia do vice de futebol Wallim Vasconcellos.
Entre os jogadores, o discurso também foi de otimismo, mas de maneira contida. As expressões deixaram evidente que o clima é de preocupação. A segurança para receber a delegação foi reforçada, e alguns atletas chegaram a perguntar a amigos por mensagem de texto se havia torcedores à espera da equipe no aeroporto. Mas não houve qualquer tipo de problema. Apenas pessoas que passavam pelo local acompanharam o desembarque e muitos pediram fotos aos jogadores, que chegaram com uma hora e meia de atraso.
A situação do Flamengo no Grupo 7 da competição é delicada. De acordo com os cálculos do matemático Tristão Garcia, o Rubro-Negro tem apenas 23% de chances de classificação à fase de oitavas de final. Com quatro pontos a duas rodadas do fim, o time está na lanterna. León (sete), Emelec (seis) e Bolivar (cinco) completam a chave.
O próximo jogo será no dia 2 de abril, contra o Emelec, em Guayaquil. Uma derrota no Equador elimina o Flamengo mais uma vez na fase de grupos, como ocorrera em 2012. Um empate ainda significa um drama intenso para a última rodada. A vitória muda o panorama e faz o clube brasileiro depender apenas de si contra o León, no Maracanã, na última rodada.
O goleiro Felipe não deu a mesma garantia do presidente Bandeira de Mello, mas acha que a classificação ainda é viável.
- Ele que manda, né? Se está falando (que não será eliminado), tem que fazer. Temos condições ainda, gente. São dois jogos, seis pontos. Temos que primeiramente pensar no Emelec. Vencendo lá, levaremos a decisão para ao Maracanã. Se não conseguir, pode esquecer o último jogo – frisou.
Capitão do time, Léo Moura já sentiu uma eliminação na primeira fase com o Flamengo. Há dois anos, o Flamengo sofria uma derrota por 3 a 2 para o Emelec no Estádio George Capwell, em jogo também da quinta rodada. Na ocasião, antes do confronto, o time estava com cinco pontos, um a mais do que soma atualmente. A derrota de 2012 não eliminou o Flamengo, que ainda teria uma chance em caso de vitória sobre o Lanús, que aconteceu, e um empate entre Emelec e Olimpia. No entanto, o clube equatoriano venceu no Paraguai com um gol nos acréscimos e acabou com o sonho rubro-negro.
- A gente tem que vencer os dois próximo jogos para garantir a classificação. Não foi o que queríamos (contra o Bolívar), a atitude do segundo tempo foi diferente da do primeiro, mas não veio (a vitória). É trabalhar para os dois últimos jogos quer faltam porque a gente pretende se classificar. Os jogos são difíceis, as equipes sabem jogar a Libertadores. A gente às vezes tem pecado em erros bobos, em Libertadores não pode falhar. Temos de colocar isso na cabeça, faltam mais dois jogos e para eles o erro tem que ser zero para conseguirmos a classificação.
O grupo foi liberado no retorno ao Rio e volta a treinar na manhã desta sexta-feira, às 10h, no Ninho do Urubu. O Flamengo enfrenta a Cabofriense, domingo, no Maracanã, pela última rodada da Taça Guanabara. O time já conquistou o título da competição e está nas semifinais do Campeonato Carioca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário