terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

'Señor Libertadores' no Fla, Léo Moura joga para sepultar tragédias

Há quem diga que o fundamental para ganhar uma Libertadores é disputá-la sempre. O Flamengo até tem seguido esta teoria, mas nas últimas vezes sequer esteve perto de fazer seu torcedor sonhar com o bi continental. Na próxima quarta, o Rubro-Negro começa contra o León, no México, sua quinta participação nos oito últimas edições do torneio. Retrospecto de respeito, até que sejam lembradas as campanhas. Tragédias e eliminações marcantes fizeram parte deste passado recente. Presente nas quatro anteriores, Léo Moura admite a frustração e pede um basta.  

Com a opinião de que a preparação para 2014 foi a melhor das cinco edições de Libertadores que disputou pelo Fla, o capitão acredita que a formação de um plantel grande e definido um bom tempo antes do início da competição pode fazer a diferença nesta vez. Sem tapar o sol com a peneira, o lateral-direito quer deixar as eliminações para Defensor (URU), América (MEX), La U (CHI) e na primeira fase para trás e reescrever sua história na competição.  

Léo Moura treino Flamengo México (Foto: Cahê Mota) 
Léo Moura treina no México antes de duelo contra o León (Foto: Cahê Mota)

- Acredito que a preparação está sendo diferente. Está todo mundo aqui, a equipe está praticamente fechada e o clima está muito bom. Todo mundo está com muita vontade de chegar longe. Sabemos do histórico, não fomos bem em algumas participações, mas esse ano tem que ser diferente. Temos uma oportunidade que não foi fácil conseguir e temos que aproveitar da melhor maneira possível. Tenho certeza que vai ser diferente.  

Na primeira participação com a camisa do Fla, Léo Moura viu a eliminação para o modesto Defensor Sporting em um Maracanã lotado - vitória por 2 a 0 após perder por 3 a 0 fora. No ano seguinte, aquela que talvez tenha sido a pior sensação com a camisa rubro-negra: 3 a 0 para o América do México de Cabañas, depois de vencer por 4 a 2 fora. Já 2010 guardou a melhor participação, com a ida até as quartas de final, mas a eliminação para Universidad de Chile por conta do revés por 3 a 2 em casa - apesar dos 2 a 1 fora - ainda incomoda. Por fim, em 2012 o Rubro-Negro sequer passou da primeira fase com Ronaldinho Gaúcho no time.  

- A lição é de que não tem jogo fácil. Mesmo que às vezes você tenha uma vantagem, todo jogo é difícil demais. Tivemos aquela experiência contra o América (MEX) que a vantagem era grande. Agora, tem que ser tudo diferente. É preciso tirar a lição para que os erros não aconteçam novamente - recorda o camisa 2.  

Nem só de lembranças ruins, no entanto, é feita a história de Léo Moura no Fla. E o lateral se apega a parte boa exatamente da eliminação para o América do México antes da estreia diante do León. Na ocasião, a equipe de Joel Santana fez 4 a 2 no tradicional estádio Azteca com bela atuação. Para o lateral, 2008 foi o ano em que o Rubro-Negro mais estava preparado para voltar a decidir a competição.  

- Vamos jogar para vencer. Não tem nada de buscar empate. Vamos tentar vencer na estreia. (O jogo contra o América do México) serve de exemplo. Quando todo mundo falava que ia ser difícil, nós tornamos fácil e voltamos para o Rio com uma vantagem grande. Depois, achávamos que já estávamos classificados e não aconteceu. Foi o ano em que estávamos mais próximos de chegar em uma final. Libertadores é difícil.

Após eliminar o Flamengo, o América do México passou pelo Santos e caiu diante da LDU, na semifinal. Os equatorianos seriam campeões na sequência, ao bater o Fluminense, no Maracanã.


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