O presidente da Portuguesa, Ilídio Lico, disse nesta segunda-feira
que "é impossível" seu time jogar a Série B do Campeonato Brasileiro e
que está fazendo todo o planejamento para a disputa da Série A da
competição. Ele diz confiar no Ministério Público de São Paulo,
que entrou na quinta-feira passada com uma ação civil pública contra a
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pelo descumprimento do Estatuto
do Torcedor. No entendimento do MP paulista, a
entidade errou ao corroborar a decisão do
Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que retirou pontos de
Portuguesa e
Flamengo por escalação irregular de jogadores - Héverton, da Lusa, e
André
Santos, do Fla - no Brasileirão do ano passado.
- Ainda
estamos aguardando uma posição do MP. Confio muito no trabalho do
Roberto Senise (procurador do MP) e acho que vão conseguir resolver sem
que a Portuguesa entre na Justiça comum. Mas, se for necessário, nós
vamos à Justiça comum, porque nos sentimos injustiçados - disse Ilídio
Lico, na noite desta segunda-feira, durante o evento "Movimento por Um
Futebol Melhor", liderado pela Ambev, uma das patrocinadoras da CBF. O
técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, e dirigentes de
vários clubes prestigiaram o evento. O presidente da CBF, José Maria
Marin, e o vice, Marco Polo Del Nero, não compareceram.
- É
impossível nós jogarmos a Série B. Nosso planejamento todo é para jogar a
Série A. Não passa pela minha cabeça a Série B - emendou o presidente
da Lusa.
O dirigente explica que o clube terá um prejuízo de
R$ 18 milhões se não disputar a Série A. Sobre como ficaria o campeonato
com o acréscimo da Lusa, Lico diz não se importar.
- Para a
Portuguesa independe se forem 21 ou 24 clubes na Série A, desde que o
resultado do campo prevaleça e ela fique na primeira.
Lico
ainda explicou que, nesta terça-feira, os 340 conselheiros da Portuguesa
vão se reunir para decidir se o clube vai à Justiça comum ou se
permanece à espera de uma definição do MP. Vale lembrar que a Fifa prevê
punições severas a clubes que procuram a Justiça comum para tentar
contornar decisões tomadas na esfera desportiva.
Nesta segunda-feira, o Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, definiu que todas as ações do "caso Héverton" devem ser julgadas no Rio de Janeiro.
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