quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Ministério Público faz Lusa desistir de tribunal internacional e Justiça Comum




A Portuguesa desistiu de vez de recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça, e à Justiça Comum para tentar recuperar uma vaga na Séria A do Campeonato Brasileiro. A desistência se deu por causa da abertura de um inquérito por parte do Ministério Público de São Paulo, que tem como indiciados o STJD e a CBF.

A promotoria de direito do consumidor entende que não houve motivos para a Portuguesa perder quatro pontos no Campeonato Brasileiro, como decretou o STJD. A confederação e o tribunal esportivo têm dez dias para apresentar esclarecimentos. Se os quatro pontos não forem devolvidos, o MP deve entrar com Ação Civil Pública contra CBF e STJD.

No entendimento do promotor Roberto Senise Lisboa é muito provável que, se o desfecho do caso beneficiar a Portuguesa, o Flamengo também seja beneficiado - o rubro-negro também perdeu quatro pontos por escalar irregularmente o jogador André Santos.

-  A Portuguesa não precisa ir ao tribunal internacional, e não precisa ir para a Justiça Comum - disse o vice presidente jurídico da Lusa, Orlando Cordeiro de Barros. - A Portuguesa desde o início disse que iria percorrer todo o caminho desportivo, e percorreu. O Ministério Público é o fiscal da lei, e está fazendo seu papel dignamente.

O dirigente diz ainda que o trabalho do MP "amenizou" um pouco o clima tenso no clube por conta do rebaixamento, mas que a Portuguesa continua "prejudicada" pela situação.

- Temos que trabalhar com dois planos. O orçamento para a Série A é um, para a Série B é outro. E por mais que tenhamos confiança no trabalho do Ministério Público, não podemos contar que vamos jogar a Série A. Na hora de contratar, fazemos isso com os dois pés fincados no chão.

Por fim, Orlando morde e assopra o Fluminense, de quem a Lusa se tornou uma espécie de rival na luta contra o rebaixamento após o fim do torneio.

- O Fluminense foi extremamente hábil. Entrou como terceiro interessado, participou do julgamento, não vejo nada de ilegítimo nisso. Foi um ato de oportunismo. Mas não sei se a Portuguesa faria o mesmo, se teria essa desfaçatez. Pessoalmente, eu não faria.


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