O presidente da Portuguesa, Ilídio Lico, e o vice-presidente jurídico do clube, Orlando Cordeiro de Barros, prestaram nesta quarta-feira um depoimento no Ministério Público do Consumidor de São Paulo, no centro da cidade, sobre o "Caso Héverton". Segundo Barros, que concedeu coletiva após os esclarecimentos, o advogado rubro-verde que participou do dia da decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pode ser desligado do clube.
- Se constatarem que houve qualquer
irregularidade, o Valdir (Rocha, advogado que presta serviços) não
trabalhará mais na Portuguesa. Mas o nosso foco é que se cumpra a lei -
disse o vice-jurídico, dizendo que no julgamento do STJD trataram de
forma errada a ação de Osvaldo Sestário, que representava a Lusa na sede
do órgão, no Rio de Janeiro, no dia em que a punição a Héverton foi
informada ao clube.
O promotor Roberto Senise Lisboa foi quem
ouviu os dirigentes nesta quarta e vai apurar os fatos sobre a escalação
irregular de Héverton do Brasileirão, que fez o STJD tirar pontos da
Lusa e rebaixá-la. Com isso, o Fluminense livrou-se de disputar a Série B
em 2013. Uma
liminar conseguida por um torcedor da Portuguesa, na 42ª vara cível de
São Paulo, anulou a decisão do STJD e mantém a Lusa na Série A, até segunda ordem.
Segundo
a Portuguesa, Senise Lisboa já tem em mãos o documento que comprova um
empréstimo de R$ 4 milhões da CBF ao clube, sob a condição de retirar as
ações na Justiça Comum que contestam a decisão do STJD e o consequente
rebaixamento. A existência do documento foi revelada pela "ESPN Brasil"
no último domingo, e o pedido de empréstimo da Lusa foi revelado pela coluna "De Prima", do LANCE!Net, na mesma noite.
-
Pedimos um adiantamento, mas o contrato não é bom para o clube. Houve
uma imposição inaceitável. Como aconteceu de a Portuguesa pedir um
adiantamento, e depois recebeu essa proposta, não há mais clima (para
negócio com a CBF) - afirmou Barros.
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