No começo da tarde desta sexta-feira, o advogado de Luiz
Antonio, Marcelo Reis, revelou que o jogador foi procurado pressionado
companheiros de Flamengo para desistir da ação judicial e retornar aos
treinamentos. Capitão da equipe, Leonardo Moura afirmou que até tentou contato
com o meio-campista para aconselhá-lo a ficar, mas não obteve êxito na
tentativa.
Na visão do jogador mais antigo do elenco rubro-negro, Luiz
Antonio está dando um passo atrás na carreira ao ficar parado. O lateral torce
para que o jogador repense a decisão e volte a integrar o elenco do Flamengo.
- Tentei falar com ele, mas não consegui, não tive resposta
dele. Ficamos tristes, ele saiu de um time que gosta, o grupo gosta dele. Tem muito
potencial, está perdendo tempo, o tempo não para. A gente torce para que tudo
se resolva e que volte. Ele tem muita qualidade – disse Leonardo Moura.
O Flamengo já se colocou disponível para receber o jovem de
22 anos, e garante não ter qualquer objeção a respeito da reintegração. Porém,
o volante, que tem contrato até 2016 e questiona o não pagamento de vencimentos
trabalhistas, mantém a postura de aguardar o andamento do processo fora do
clube. Desta forma, já são 16 faltas, o que será descontado do seu salário.
Apesar de não ter sido bem sucedido no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), há
um pedido de antecipação de tutela, que já foi negado, e a tentativa de um
mandado de segurança.
Novo julgamento em setembro
Diante do panorama atual, uma nova audiência está marcada
somente para o dia 2 de setembro. O empresário do volante, Francisco Dambros,
por sua vez, garante que irá até as últimas instâncias pela liberação imediata
do cliente. O agente, inclusive, é apontado internamente no Flamengo como
principal responsável pela postura de Luiz Antonio. O atleta ainda conta com
uma certa paciência, mas que a cada dia é menor.
Enquanto a indefinição se arrasta, as chances do volante
seguir para a Europa são quase nulas. A janela de transferências se encerra no
próximo dia 31, e um indício de que este era o desejo do atleta e seus representantes
é o fato disso ter sido citado no pedido de antecipação de tutela negado pela
juíza da 16ª vara do TRT. Sem a liberação, há uma restrição dos próprios clubes
do Velho Continente em abrirem negociações.
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