Os quase oito meses inativos foram um verdadeiro martírio
para Marquinhos. Primeiro vieram as dores no joelho e uma artroscopia para
resolver um pequeno corte no menisco. Depois, um sério edema ósseo na tíbia,
que o tirou da Copa América com a seleção brasileira, do Campeonato Carioca e
de todo o primeiro turno do NBB com o Flamengo. A data da reestreia foi
postergada algumas vezes e só acabou acontecendo na última quinta-feira, diante
do Goiânia.
O jogador foi tratado com todo o cuidado para não
desgastar o osso, pois o medo da lesão retornar era grande e ainda não foi
totalmente dissipado dentro do clube (Marquinhos ainda tem um resquício do
problema). Até uma espécie de proteção especial foi trazida dos Estados Unidos
para poder imobilizar a região durante seu recondicionamento físico. Mas tudo o
que o camisa 11 rubro-negro deseja no momento é voltar bem, poder ajudar o time
e confirmar que o pior ficou para trás.
- Minha cabeça está bem, estou confiante e sei que vou melhorar
a cada dia. Tenho feito treinos individuais, pois tenho que me adaptar ao nosso
time, que tem grandes pontuadores. O importante é entrar agora e poder ajudar de
uma forma diferente.
As dores no local ainda incomodam um pouco, o que faz o
jogador ainda temer um contato mais forte no local. Porém, ele sabe que só com
o passar das rodadas vai poder voltar a ter a confiança no seu jogo que o fez
ser o MVP da última temporada.
- É importante voltar e não sentir. Preciso estar bem e
confiante. Treinar muito e ir ganhando moral com os jogos. Fisicamente, me
sinto bem, mas só os jogos me trarão de novo a confiança. Ainda fico com medo
de contato físico, de como será um choque, mas isto eu só perderei com o tempo.
Lembro que na partida contra o Goiânia estava muito estava ansioso e receoso
com o local. Hoje (ontem), já me senti muito mais confiante – revelou.
Para superar todos os obstáculos, o ala confessou que aproveitou
para fazer algumas coisas que a sequência de jogos e viagens não o permitia na
temporada passada.
- Foi muito difícil ficar tanto tempo sem jogar, mas acabei
tendo momentos mais livres, que acabei ficando com a minha família. Sempre fazendo
outras coisas para não pensar muito no que estava acontecendo – concluiu.
E os números após três jogos, em um espaço de cinco dias,
parecem comprovar que a confiança do ala está voltando. Depois de uma reestreia
nervosa contra o Goiânia, quando só marcou quatro pontos, pegou três rebotes e
cometeu quatro erros, em 14 minutos, e uma pequena melhora diante do
arquirrival Brasília, com cinco pontos, dois rebotes, duas assistências, dois
roubos de bola e três erros, em 22 minutos, o ala rubro-negro se destacou no
confronto desta segunda-feira com o Espírito Santo ao anotar, em 28 minutos, 15
pontos, seis rebotes, três assistências, uma roubada de bola e apenas uma
violação.
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