O fato de o volante Luiz Antonio ter acionado o Flamengo na Justiça,
cobrando vencimentos supostamente atrasados - que inclúem férias, luvas e
premiações -, causou desconforto na diretoria rubro-negra. De acordo
com Rodrigo Tostes, vice de finanças, o clube tem cumprido com tudo o
que está no contrato do jogador. Além disto, ele reclamou do pedido de
aumento do atleta. Segundo o dirigente, o Flamengo não teria o direito
de reduzir o salário de Luiz Antonio, caso ele jogasse mal durante a
temporada.
- O imponderável é que quando um jogador vai bem, ele
exige uma renovação para ganhar mais. Mas quando ele vai mal, o clube
não pode discutir um salário menor para o ano seguinte. O que quero
deixar claro é que estamos cumprindo o que o contrato pede. Na visão do
Flamengo, isto é um absurdo. O que vale para o jogador tem de valer para
o clube - disse o vice de finanças, em entrevista à Rádio Tupi.
Ainda
em defesa do Flamengo, Rodrigo Tostes afirma que assim que a atual
presidência assumiu o clube, em janeiro deste ano, todas as dívidas
foram explicitadas em uma auditoria. E, segundo ele, Luiz Antonio não se
encontra na lista dos jogadores com os quais o Rubro-Negro têm débito.
-
Primeira coisa que o Flamengo fez quando essa nova gestão entrou foi
fazer uma auditoria para levantar os débitos do passado. Levantamos
todas as dívidas com todos os jogadores e o Luiz Antonio não consta
nesta lista. O Flamengo não deve nada de 2013 ao jogador. O que me
estranha é o jogador não procurar o Flamengo. Ele fez toda essa ação via
empresário. O que queremos deixar claro para a torcida do Flamengo é
que a Justiça vai comprovar isso que estamos falando - enalteceu o
dirigente, que aproveitou para complementar:
- O Luiz Antonio tem o
dever de se reapresentar no dia 8 de janeiro, assim como o restante do
elenco. Se ele não cumprir com esta obrigação, o Flamengo irá atrás dos
próprios direitos.
A ação de Luiz Antonio está perto da casa de R$
10 milhões (quantia gerada devido à multa compensatória, que gira em
torno de R$ 8 milhões - valor que significa 400 vezes o último salário
do atleta, que recebe cerca de R$ 20 mil). O caso está sendo analisado
na 16ª vara do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) do Rio de Janeiro. Em
princípio, há uma audiência marcada para o dia 15 de janeiro.
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