Perto
de completar um ano como presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de
Mello olha para trás e faz um balanço positivo de sua gestão. No novo
episódio da TV Fla, exibido no PFC, o mandatário celebra a volta da
credibilidade do clube com a conquista das certidões negativas de débito
(CNDs), que representam o equacionamento das dívidas fiscais nas
esferas dos Governos Federal, Estadual e Municipal.
O tricampeonato da Copa do Brasil, a polêmica que envolve o clube no STJD,
os investimentos nos esportes olímpicos e a expectativa para a disputa
da Libertadores na próxima temporada também são temas da entrevista.
Confira a íntegra:
Qual sua avaliação sobre o ano de 2013, o primeiro da sua
gestão?
Foi um ano difícil, inegavelmente, em que nós encontramos o
clube numa situação caótica, com as receitas penhoradas, com atrasos de
pagamentos de funcionários, de atletas, clube com a credibilidade totalmente em
baixa. Mas que com muito trabalho a gente vem procurando reverter essa situação.
Nós conseguimos, em abril, um feito inédito, que foram as certidões
negativas de débito, renegociamos todos os débitos vencidos com a Fazenda
Nacional, e conseguimos todas as certidões, não só a federal, mas a estadual,
municipal, a trabalhista, a previdenciária. E a partir daí conseguimos
patrocínios, com o da Caixa Econômica na camisa, conseguimos também dar uma
volta por cima com relação aos esportes olímpicos. Conseguimos aprovar vários
projetos na Lei de Incentivo ao esporte. A consequência é a recuperação da
credibilidade e da dignidade do clube. A situação ainda é difícil, mas com certeza
muito melhor do que encontramos em janeiro.
A conquista das CNDs foi tão importante quanto a Copa do Brasil?
Elas se complementam. Para se ter tranquilidade para trabalhar o futebol, investir num ambiente saudável, comissão técnica
competente, você tem que ter as certidões e uma situação financeira mais estável no
clube, pagando os jogadores, é fundamental para conseguir um bom ambiente e
fazer que se reflita no campo, que foi a conquista da Copa do Brasil, o ponto alto
desse ano.
Em 2014 tem a Libertadores. Qual a expectativa?
Serão
muitas viagens, um grupo difícil, três campeões nacionais (León-MÉX,
Emelec-EQU e Bolivar-BOL), mas
estamos acostumados a lidar com dificuldades. Nessa reta final da Copa
do Brasil
ganhamos de quatro clubes que estavam nas cabeças do Brasileiro. Não
tivemos
medo, conseguimos superar e ganhamos. Na Libertadores, embora seja muito
mais difícil que a Copa do Brasil, acho que a gente pode ter esperança
de fazer uma
boa figura. Os jogadores estão focados, eles sabem o que é representar o
Flamengo, têm honrado o manto e vão encarar com muita garra e
determinação.
Nesta sexta-feira, ocorrerá o julgamento no Pleno do STJD. Espera
uma mudança na primeira decisão?
Estou confiante porque tenho certeza que não fizemos nada de
errado. A escalação do jogador André Santos foi absolutamente correta e tenho
certeza que os fundamentos, os princípios básicos do esporte, prevalecerão e
vamos recuperar esses pontos.
Qual a avaliação do trabalho nos esportes olímpicos?
Foi um ano difícil para os esportes olímpicos, mas de muito trabalho. Eu
acho que vamos ter um ano de 2014 muito melhor graças ao
trabalho de 2013. Conseguimos aprovar os projetos da Lei de Incentivo ao
esporte e vamos ter um fluxo de recursos que não tínhamos. Estamos na
reta
final do 'Anjo da Guarda Rubro-Negro', que todo rubro-negro vai poder destinar
parte do imposto de renda para os projetos dos esportes olímpicos. A nação vai
comprar a nossa briga.
O que o torcedor pode esperar para 2014?
Pode
esperar trabalho, muita raça. Temos raça dentro e fora
de campo. Podem ter certeza que nossa equipe estará focada em trabalhar
pelo Flamengo. A ideia é quebrar paradigmas e recuperar a credibilidade.
Vitórias são
consequências e com certeza vão vir também.
O episódio nº 17 do programa da TV Fla também mostra a solidariedade de jogadores do passado e do presente do clube no Natal.
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