Apesar de ser o mandante de campo no duelo contra o Vasco, o
Atlético-PR, que venceu por 5 a 1, pode não ser o único responsabilizado
pelo pela confusão entre as torcidas, em Joinville. Em entrevista ao
programa "Troca de Passes", o presidente do Superior Tribunal de Justiça
Desportiva, Flávio Zveiter, garantiu que, se comprovado, a culpa pode
ser dividida com o clube visitante, no caso o time carioca.
- O Estatuto do Torcedor fala que, dentro do gramado, a segurança deve
ser feita apenas pela Polícia Militar. Em alguns estados, existe a
discussão se a polícia deve fazer a segurança também nas arquibancadas.
Mas isso não exime a responsablidade dos clubes e dos dirigentes dos
clubes. Se a polícia afirmou que não ia garantir a segurança, os clubes
poderiam ter se recusado a colocar as equipes em campo. Em tese, a
responsabilidade objetiva é do clube mandante e também eventualmente do
clube visitante. Caso seja comprovado e, em tese, tem a comprovação
pelas imagens de que a torcida do vasco também participou da briga -
afirmou o presidente do Tribunal.
De acordo com o presidente do STJD, os clubes são responsáveis pelo
comportamento de suas torcidas dentro dos estádios de futebol. Dentro do
gramado, a Polícia Militar é a responsável pela segurança. Fora das
quatro linhas, segundo Zveiter, existe uma discussão, pois a PM, em
alguns estados, quer receber para garantir a tranquilidade nas
arquibancadas e os dirigentes não querem pagar.
Flávio Zveiter garante que vem lutando junto ao poder público para que
mudanças sejam feitas para garantir a segurança do torcedor nos estádios
de futebol. O presidente do STJD usa o Rio de Janeiro como modelo para
os outros estados.
- No Rio de Janeiro, por exemplo, nós temos um juizado especial
funcionando para grandes eventos. Temos um grupamento especializado para
grandes eventos. Não temos vistos dentro dos estádios episódios dessa
natureza porque, quando isso acontece, o torcedor é preso, levado para a
autoridade policial, um boletim é lavrado. Isso imediatamente é
encaminhado para o judiciário, que julga essa pessoa e ela vai cumprir a
pena. Isso certamente vai reduzir muito esses episódios.
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