Aproveitando as férias na região do Vale do São Francisco, após o fim da temporada 2013, o atacante Nixon do Flamengo esteve em Petrolina-PE, para o lançamento do livro "Mengo Meu Dengo - Paixão Sem Fronteiras" , do escritor Luiz Hélio Alves, que relata a relação do time Rubro-Negro carioca e sua torcida. Na ocasião, o jogador de 21 anos conversou com o GloboEsporte.com e falou sobre o futuro no clube e os planos para sua carreira.
- Ainda tenho mais um ano de contrato com o Flamengo, meu contrato vai até o final de 2014.Todo jogador tem o sonho de jogar em grandes equipes e eu comecei em uma equipe do tamanho da grandeza que é o Flamengo. Não tenho palavras. Mas tenho o sonho de jogar na Europa, jogar na Seleção Brasileira, mas como costumo dizer, tudo é da forma que Deus quer. Ele sabe todas as coisas e ele nos guia na forma que as coisas vão acontecer - afirma Nixon.
Durante a entrevista, o jovem atacante também lembrou da sua estreia como profissional e a emoção ao marcar o primeiro dos cinco gols que tem com a camisa rubro-negra. Nixon deve se reapresentar juntamente com os demais jogadores no dia 8 de janeiro, no Ninho do Urubu. Mas, enquanto a data não chega, o garoto procura descansar e curtir as férias ao lado da família e amigos.
Confira a integra da entrevista com Nixon:
GloboEsporte.com: Você chegou ao time profissional em 2012. Como foi a primeira experiência?
Nixon: Fiz sete jogos no meu primeiro ano como profissional. A minha estreia foi contra a Ponte Preta, em um jogo que acabamos até perdendo, mas, acontece. Não era da melhor forma que eu imaginava. A gente sempre imagina estrear com vitória e tudo mais, só que as coisas acontece no tempo certo. Fui amadurecendo durante os jogos, treinamentos, por conta de ser algo novo, por estar na base, claro que sempre almejando chegar no profissional.
Seu primeiro gol no profissional foi justamente em um clássico contra o Botafogo. O que passou por sua cabeça naquele momento?
Tive a oportunidade de começar o jogo como titular contra o Botafogo, na última rodada do brasileirão de 2012 (terminou 2 a 2 no Engenhão) e acabei fazendo o meu primeiro gol como profissional. Foi uma felicidade enorme. Você podia imaginar seu primeiro gol de qualquer forma e neste dia acabei acertando ali, uns dizem que foi de bicicleta, outros dizem que foi de meia bicicleta, já outros que foi de 'puxeta' (risos), mas foi um belo gol, fiquei muito feliz. E em pensamento, assim, foi como eu falei na entrevista no dia do jogo, me faltavam palavras, porque a alegria é imensa e não tem como expressar naquele momento do meu primeiro gol.
Você é filho do ex-atacante Nixon, que chegou a jogar em times como Bahia e Portuguesa, e viveu bem o mundo do futebol. Como é esta relação entre vocês?
Como centroavante que foi, ele conhece bem ali o que se deve fazer, a forma de jogar. Então sempre houve aquela cobrança, aqueles ensinamentos em casa. Ele me dá conselho desde pequeno, quando começou a me levar para os campos e ver que eu tinha potencial para jogar futebol e faz até hoje. Isso não vai deixar de acontecer até o dia que eu não jogue mais. Mas enquanto isso sempre tive o apoio dele, ele sempre me acompanhou, deu os toques do que fazer ou não. É um cara muito especial, não só por ser meu pai, mas também por ter sido atleta. Infelizmente não pode prolongar sua carreira por problemas físicos, mas ele está muito feliz com tudo que está acontecendo comigo.
Você foi promovido ao time de cima faz pouco tempo e agora convive com jogadores já experientes, rodados. Como é a sua relação com estes jogadores?
Muito boa, eles me tratam muito bem. O grupo do Flamengo é muito unido. A gente viu mesmo esta união e ainda mais com o título da copa do Brasil. Cada um deles um dia passou por aquilo que hoje estou passando e muitos outros jovens. Então o que eles ganharam como experiência eles procuram passar pra gente dentro e fora de campo. Cada um respeitando o outro, cada um tem o seu potencial e assim vai qualificando a equipe, sempre um respeitando o outro, e é muito importante ter este apoio dos mais experientes para que a gente possa trilhar um caminho legal, uma carreira bem interessante em relação a tudo, tanto dentro como fora de campo.
Quais os planos para sua carreira, o que você almeja?
Hoje ainda tenho mais um ano de contrato com o Flamengo, até o final de 2014.Todo jogador tem o sonho de jogar em grandes equipes e eu comecei em uma equipe que não tenho nem como imaginar o tamanho da grandeza do que é o Flamengo. Não tenho palavras. Mas tenho o sonho de jogar na Europa, de jogar na Seleção Brasileira, mas como costumo dizer, tudo é da forma que Deus quer, ele sabe todas as coisas, e ele nos guia na forma que as coisas vão acontecer.
E a Libertadores, espera ter a chance de disputar?
Todos temos né? (Risos). Foi muito importante com apenas um ano como profissional ser campeão da Copa do Brasil e agora a oportunidade de poder jogar a Libertadores. Então vamos buscar trabalhar e procurar estar focado, para podermos disputar com bastante intensidade este campeonato que está por vir. Não é fácil, mas sabemos que focados, com humildade, sempre procurando fazer o nosso melhor, nós podemos conquistar esse título.
Em alguns jogos você usou a camisa 10 do Flamengo, camisa que foi usada pelo grande ídolo do clube que foi o Zico. Como foi a sensação de vesti-la pela primeira vez?
Uma grande responsabilidade. Se você for imaginar quantas pessoas, quantos jogadores importantes, craques que estão na memória do clube até hoje, que vestiram esta camisa como Zico, Ronaldinho e muitos outros. É muita responsabilidade. Mas quanto a jogar com ela, não procurei jogar peso sobre mim, até mesmo para não ter aquela pressão de ter que fazer isso, fazer aquilo. Com naturalidade as coisas acontecem, procurei mostrar nosso valor, nosso trabalho, futebol, mas é algo que está marcado na minha vida. É tanto que tenho uma delas guardadinha no meu armário (risos).
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