A final da Copa do Brasil, com vitória do Flamengo sobre o
Atlético-PR, registrou na última quarta-feira 57.991 pagantes e, ao
todo, 68.857 torcedores no Maracanã. O perfil dessas pessoas foi traçado
em pesquisa da empresa Clave de Fá, que concluiu que 72% acharam caro o
valor do ingresso. A diretoria carioca causou discussão ao cobrar um
tíquete médio de R$ 153 - com uma renda de R$ 9.733.785, a segunda maior
de um jogo entre clubes no Brasil. Em relação à renda familiar, a
maioria dos presentes (51,6%) declarou ganhar ao menos seis salários
mínimos (cerca de R$ 4 mil).
Alguns infográficos apresentados na pesquisa sobre o perfil dos torcedores na final (Foto: Infoesporte)
Os
torcedores que recebem até um salário mínimo (R$ 678) representaram
2,2% do público que esteve no estádio. A escolaridade também foi
avaliada. Foram 37% de torcedores com o nível superior completo, e 21%
com o nível médio completo. De acordo com o levantamento, 9% cursaram o
ensino fundamental.
Um dado curioso do perfil é o local onde
moram as pessoas que foram ao Maracanã: quase metade é de fora da
capital do Rio. Foram 11% viajando do Paraná e 25% de outros estados,
mostrando que milhares de flamenguistas se deslocaram de longe para
assistir à partida. Já o perfil etário teve sua maioria na casa dos 25
aos 34 anos (48%), e em segundo lugar ficou o grupo de torcedores entre
os 34 e 45 anos (23%).
Ainda segundo os dados apresentados,
83% eram homens e 17%, mulheres; 55% foram acompanhados de amigos ao
jogo; e 56% se declararam sócios-torcedores dos clubes.
A
pesquisa também abordou as manifestações dos jogadores antes das
partidas, pedindo mudanças no calendário do futebol brasileiro. E indica
que 71% concordam totalmente com as reinvidicações do Bom Senso FC, 13%
concordam em parte, 11% discordam totalmente, 2% discordam em parte e
3% não se manifestaram. São 81% de acordo com reestruturação do
calendário e 78% dando aval para o Fair Play financeiro
(responsabilização dos clubes por atrasos salariais).
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