A disputa entre Flamengo e Procon por conta dos preços dos
ingressos para decisão da Copa do Brasil, dia 27, no Maracanã, parece
estar longe do fim. O órgão de defesa do consumidor convocou o
Rubro-Negro para dar explicações sobre o reajuste que colocou os valores
entre R$ 250 e R$ 800 na manhã desta quarta-feira, mas a tendência é
que nenhum dirigente compareça a reunião. Em encontro na noite de
terça-feira para traçar a estratégia de "defesa", a possibilidade da
ausência foi apresentada e vista com bons olhos. A decisão deve ser
confirmada no início da manhã - a audiência está marcada para 11h (de
Brasília).
De
acordo com o Procon, o aumento é abusivo e o Flamengo será orientado a
reduzir os valores, uma possibilidade descartada com veemência pelo
diretor de marketing, Fred Luz. A secretária de estado de proteção do
consumidor, Cidinha Campos, chegou a dizer que os torcedores vinham
sendo tratados como cachorros durante o ano e o clube quer se dar bem no
único momento de alegria. A venda dos bilhetes começou na manhã de
segunda-feira para sócios-torcedores e será aberta ao grande público
somente na semana do confronto com o Atlético-PR.
Além
do Procon, a 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do
Ministério Público do Rio de Janeiro, abriu inquérito para investigar a
atitude da diretoria e verificar se houve abuso. O requerimento ao MP
para uma investigação foi feito por Leonardo Ribeiro, o capitão Léo,
ex-presidente do Conselho Fiscal do clube.
A concessionária
que administra o Maracanã e o Flamengo já foram notificados da abertura
do inquérito e têm 48 horas para prestar esclarecimentos. Só a partir
daí o Ministério Público vai definir o próximo passo. Como
desdobramentos mais graves, o Rubro-Negro pode ter que reduzir o preço
ou até mesmo devolver parte do dinheiro de quem já comprou suas
entradas.
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