O dia 19
de setembro tornou-se um marco para o atual grupo do Flamengo. E o que poderia ser um
trauma transformou-se em ponto de partida para a recuperação do time na reta
final da temporada. Naquela data, no Maracanã, ainda sob o comando de Mano
Menezes, o Rubro-Negro recebeu o Atlético-PR pela 22ª rodada do Brasileirão. O
que se viu foi um
massacre nos primeiros minutos de um lado, uma reação expressiva de outro e uma
vitória histórica para o Furacão. A equipe paranaense soube sair do sufoco,
colocar o Flamengo na roda, virar para 4 a 2 depois de sofrer dois gols e, pela
primeira vez na história, derrotar o Rubro-Negro carioca dentro do Maracanã.
A
partir dali, tudo mudou no clube da Gávea. E para melhor. Mano pediu demissão, Jayme de Almeida
assumiu de forma interina, deu certo e foi efetivado. Hoje, o time é finalista da Copa
do Brasil e está em situação confortável no Brasileirão, com risco de rebaixamento
praticamente eliminado.
Caprichoso,
o destino recoloca o Atlético-PR no caminho do Flamengo. As equipes decidem a Copa
do Brasil nos dias 20 e 27 de novembro. O Furacão continua bem no nacional,
muito perto da vaga na Libertadores. Recuperado, o Fla tenta encerrar um ano
que pouco prometia com o tricampeonato da Copa do Brasil.
O
volante Luiz Antonio estava naquela partida do Maracanã. Na ocasião, marcou o
segundo gol do Flamengo. O primeiro foi de Hernane. Luiz lembra daquele
confronto sem revanchismo, mas espera novas dificuldades.
- Tem um
pouco de rivalidade por termos passado por aquele momento e também por ser final.
Vamos ver durante o jogo como vai ser. São dois times muito fortes jogando em
casa. O Atlético-PR tem apresentado um futebol muito bom e evolui cada vez
mais. O público lá (em Curitiba) vai ser grande. Mas vai ser difícil tanto para gente
jogar lá quanto para eles no Maracanã.
A torcida
do Atlético esgotou nesta terça-feira os ingressos para o jogo de ida, dia 20,
em Curitiba. Serão cerca de 17 mil torcedores. No dia 27, será a vez de o
Maracanã abrigar o segundo e decisivo confronto. Luiz conta que aquela situação
adversa, após a goleada por 4 a 2, fortaleceu os jogadores.
- A
atitude e a união do grupo foram o diferencial. Passamos por uma situação
difícil, nos unimos e cada um chamou a responsabilidade. Passamos juntos por
essa fase. Ficamos com um pouco de dúvida, mas sempre soubemos da nossa
capacidade. Mudamos o pensamento de tristeza que tínhamos naquele momento (da
saída do Mano) e conseguimos reverter a situação.
Enquanto
o primeiro jogo da final não chega, o Flamengo tenta se concentrar no
Brasileirão. Com 45 pontos, o time está em 11º lugar. Nesta quarta, enfrenta o
São Paulo, em Itu-SP, e tenta eliminar de vez o risco matemático de
rebaixamento.
- É difícil (esquecer a decisão). É um jogo que
sempre quisemos chegar, mas temos que deixar um pouco de lado e pensar no São
Paulo. Sair de vez desta situação é sempre bom. Por menor que seja, o
Fluminense tinha 1% de chance de se livrar e livrou. Quanto mais rápido
ficarmos tranquilos, melhor – afirmou Luiz Antonio.
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