O momento do Flamengo é de festa. Classificado para final da
Copa do Brasil, o time está nos braços da torcida, que tem lotado o
Maracanã e já conta as horas para o encontro decisivo com o Atlético-PR,
dia 27. Em alta, Hernane é o Brocador, Paulinho o xodó, e nomes como
Elias, Amaral e Léo Moura não se cansam de ser reverenciados nas
arquibancadas. Uma rotina, no entanto, nem a boa fase foi capaz de
mudar: as vaias a Carlos Eduardo.
Mesmo nas vitórias contra Botafogo e Goiás, pela própria Copa do
Brasil, o torcedor pegou no pé do camisa 20 a cada erro, e grande parte
não se privou de criticá-lo nos momentos de substituição. Nesta
sexta-feira, porém, Jayme de Almeida saiu em defesa de seu jogador.
Sereno
como de costume, o treinador não escondeu o desconforto com as vaias
recorrentes e as classificou como injustas. Desde que Jayme assumiu,
Cadu tem sido titular absoluto e foi constantemente elogiado. Na opinião
do comandante, o Flamengo tem mais posse de bola com ele em campo e
consegue cadenciar mais o jogo. Após o confronto com a Portuguesa, em
Fortaleza, por exemplo, Jayme fez questão de dizer que o time tinha
sentido a ausência de Carlos Eduardo, que estava suspenso.
- O
Carlos Eduardo foi a bola da vez em relação a muita coisa que aconteceu
aqui. Até em relação ao próprio Pelaipe, que o pegaram como cara
principal. É um garoto que ajuda para caramba, mas podia ajudar mais com
apoio. Faz dez jogadas boas e ninguém fala nada. Se erra uma bola, um
drible, todo mundo vaia. Isso atrapalha o time, com certeza. É muita
pressão. O garoto está lutando para conquistar a torcida, treina, corre,
e o vejo como muito injustiçado. Se é o Carlos Eduardo que perde o gol
que o Paulinho perdeu, apanha na rua. Para o Paulinho, a torcida bateu
palma. Ele erra um passe, e o torcedor grita. Não pode errar nada. A
cobrança é muito grande, mas é um cara que todo mundo gosta e acredita.
Contratado
por empréstimo ao Rubin Kazan, da Rússia, no começo do ano, Carlos
Eduardo tem contrato com o Flamengo até a metade de 2014. Pelo
Rubro-Negro, são 37 partidas e um gol marcado, diante do Cruzeiro, no
jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
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