terça-feira, 8 de outubro de 2013

Respeita o moço: de sorriso aberto, Amaral curte fase e bigode da sorte


Amaral 2 (Foto: Richard Souza)
Respeita o moço do bigode grosso. Não fosse por um detalhe, o refrão do funk que virou febre no Rio de Janeiro seria perfeito para o momento que vive Amaral. A diferença é que o volante do Flamengo exibe um bigodinho fino, que passa até sem ser notado. Mas o visual coincide com a melhor fase dele no Rubro-Negro e será mantido por tempo indeterminado. O jogador é o nome da vez na equipe e tem feito sucesso no campo e em casa. Ele também está em alta com a esposa.

- Tá legal, né? Vou manter, claro. Já que a nega velha aprovou, não pode cair. Agora estou bem em casa e no campo. Não cai nunca (risos).

Amaral começou a cultivar o novo estilo no tempo em que ficou encostado no Flamengo. Foram quatro meses só de treinos, sem chances de ser relacionado. Preterido por Mano Menezes, pensou em deixar o clube após saber que o ex-treinador pretendia emprestá-lo. Mas quem saiu foi Mano. E uma porta se escancarou para Amaral. Depois que Jayme de Almeida assumiu o comando, ele voltou ao time titular e já disputou cinco partidas como titular (uma pela Copa do Brasil e quatro no Brasileiro). E um detalhe importante: com ele em campo, o Flamengo não perdeu – três empates e duas vitórias. 

- Eu sou grato pela oportunidade que o professor Jayme vem me dando. Mesmo sem jogar vinha trabalhando forte, sabia que uma hora a chance ia aparecer. A responsabilidade não é só minha, mas do grupo todo que está exercendo um trabalho importante para a equipe e executando bem – disse.

Amaral e Juninho Pernambucano Flamengo x Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Flickr do Vasco) 
Amaral dá combate em Juninho no clássico do último domingo (Foto: Marcelo Sadio / Flickr do vasco)
 
Amaral não esconde a mágoa com Mano, mas tenta deixar isso para trás. E o sorriso aberto mostra que ele tem conseguido.

- Quando você volta a jogar quer mostrar para as pessoas que não acreditavam em você que estavam erradas. Quer mostrar algo mais. Mas a página virou, hoje estou feliz e é isso o que interessa.

O camisa 40 é o cão de guarda que Jayme queria para proteger os zagueiros. E ele tem correspondido. Tanto que o técnico e os companheiros não cansam de elogiá-lo. Wallace, por exemplo, apontou o volante como principal jogador do time nas últimas partidas. Amaral até aceita a condição de “pitbull” do time, mas diz que é manso.

- Não mordo, não. Que isso (risos)?  Eu não bato em ninguém, não. Chegou pesado às vezes, mas sempre peço desculpa para o adversário.

O próximo rival será o Inter. Nesta quinta-feira, o Flamengo recebe o Colorado no Maracanã, às 21h (de Brasília). Amaral estará em campo e tem uma preocupação:

- Acho que o D’Alessandro é diferenciado. Tem que ter muito cuidado com ele.

Aos gaúchos, um aviso: respeitem o moço.


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