Respeita o moço do bigode grosso. Não fosse por um detalhe, o refrão do
funk que virou febre no Rio de Janeiro seria perfeito para o momento
que vive Amaral. A diferença é que o volante do Flamengo exibe um
bigodinho fino, que passa até sem ser notado. Mas o visual coincide com a
melhor fase dele no Rubro-Negro e será mantido por tempo indeterminado.
O jogador é o nome da vez na equipe e tem feito sucesso no campo e em
casa. Ele também está em alta com a esposa.
- Tá legal, né? Vou manter, claro. Já que a nega velha aprovou, não
pode cair. Agora estou bem em casa e no campo. Não cai nunca (risos).
Amaral começou a cultivar o novo estilo no tempo em que ficou encostado
no Flamengo. Foram quatro meses só de treinos, sem chances de ser
relacionado. Preterido por Mano Menezes, pensou em deixar o clube após
saber que o ex-treinador pretendia emprestá-lo. Mas quem saiu foi Mano. E
uma porta se escancarou para Amaral. Depois que Jayme de Almeida
assumiu o comando, ele voltou ao time titular e já disputou cinco
partidas como titular (uma pela Copa do Brasil e quatro no Brasileiro). E
um detalhe importante: com ele em campo, o Flamengo não perdeu – três
empates e duas vitórias.
- Eu sou grato pela oportunidade que o professor Jayme vem me dando.
Mesmo sem jogar vinha trabalhando forte, sabia que uma hora a chance ia
aparecer. A responsabilidade não é só minha, mas do grupo todo que está
exercendo um trabalho importante para a equipe e executando bem – disse.
Amaral dá combate em Juninho no clássico do último domingo (Foto: Marcelo Sadio / Flickr do vasco)
Amaral não esconde a mágoa com Mano, mas tenta deixar isso para trás. E o sorriso aberto mostra que ele tem conseguido.
- Quando você volta a jogar quer mostrar para as pessoas que não
acreditavam em você que estavam erradas. Quer mostrar algo mais. Mas a
página virou, hoje estou feliz e é isso o que interessa.
O camisa 40 é o cão de guarda que Jayme queria para proteger os
zagueiros. E ele tem correspondido. Tanto que o técnico e os
companheiros não cansam de elogiá-lo. Wallace, por exemplo, apontou o
volante como principal jogador do time nas últimas partidas. Amaral até
aceita a condição de “pitbull” do time, mas diz que é manso.
- Não mordo, não. Que isso (risos)? Eu não bato em ninguém, não.
Chegou pesado às vezes, mas sempre peço desculpa para o adversário.
O próximo rival será o Inter. Nesta quinta-feira, o Flamengo recebe o
Colorado no Maracanã, às 21h (de Brasília). Amaral estará em campo e tem
uma preocupação:
- Acho que o D’Alessandro é diferenciado. Tem que ter muito cuidado com ele.
Aos gaúchos, um aviso: respeitem o moço.
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