Para seu jogo mais importante com a camisa do Flamengo, Paulo Victor
não criou nenhum ritual especial. Da entrada até a saída do gramado do
Serra Dourada, tudo foi como sempre. Mãos erguidas para o alto pedindo
proteção divina, pulos sobre a linha do gol e tapas com as mãos no
travessão antes de a partida começar e muita concentração. A lesão de
Felipe, que teve o joelho esquerdo operado nesta quarta-feira e não joga
mais na Copa do Brasil, dá a Paulo Victor a chance de viver seu
principal momento no clube. E o camisa 48 correspondeu. Na vitória por 2
a 1 sobre o Goiás, em Goiânia,
ajudou o Rubro-Negro a se aproximar da final. Seguro, não teve culpa no
gol de Vitor, foi bem nas saídas de gol e chutes de longa distância e
deixou o campo satisfeito.
A reportagem do GLOBOESPORTE.COM acompanhou o desempenho de PV no jogo bem de perto. Atrás dos gols, foi possível notar a confiança dos companheiros no substituto do titular. Paulo não faz o estilo espalhafatoso. Na cobrança ou no incentivo, é discreto. A solidão, característica marcante dos goleiros, foi amenizada com o apoio de quase seis mil torcedores que foram ao Serra Dourada para incentivar a equipe carioca. Foi com eles que Paulo Victor comemorou os gols marcados por Paulinho e Chicão. Gols que deixaram o time de Jayme de Almeida mais perto da decisão – na quarta que vem, os times jogavam novamente, agora no Maracanã.
A reportagem do GLOBOESPORTE.COM acompanhou o desempenho de PV no jogo bem de perto. Atrás dos gols, foi possível notar a confiança dos companheiros no substituto do titular. Paulo não faz o estilo espalhafatoso. Na cobrança ou no incentivo, é discreto. A solidão, característica marcante dos goleiros, foi amenizada com o apoio de quase seis mil torcedores que foram ao Serra Dourada para incentivar a equipe carioca. Foi com eles que Paulo Victor comemorou os gols marcados por Paulinho e Chicão. Gols que deixaram o time de Jayme de Almeida mais perto da decisão – na quarta que vem, os times jogavam novamente, agora no Maracanã.
PV é pouco exigido, sofre gol e fala sozinho
Uma, duas, três...várias vezes. Paulo Victor mostrou durante o jogo
contra o Goiás que tem o hábito de falar sozinho. Durante todo o tempo
em que esteve em campo o goleiro balbuciava. Ora com expressão fechada,
ora mais tranquilo. Segundo ele, na maior parte do tempo faz uma oração
qualquer.
- Às vezes eu converso coisas mesmo de agradecimento, pedindo força a
Deus a todo momento. Mas isso eu carrego em todos os jogos, carrego
desde a minha estreia no profissional (em 2007) – explicou.
Se consigo mesmo falou baixinho, PV orientou muito os companheiros em
voz alta. Só assim para tentar se fazer ouvir com o barulho de quase 38
mil pessoas no estádio. Apesar de não ter sido muito exigido pelo
adversário na primeira etapa, teve trabalho e por diversas vezes foi
acionado pelos defensores nos recuos de bola. Não comprometeu. Aos 38
minutos, porém, teve de buscar a bola no fundo do gol. Elias saiu
jogando errado e a perdeu para Júnior Viçosa. O atacante achou Vitor
livre na área, e o lateral dominou e bateu no cantinho de Paulo Victor
para empatar o jogo. O chute rasteiro ganhou velocidade por conta do
campo molhado, mas não houve falha. Enquanto os companheiros reiniciavam
a partida, PV balançava a cabeça de um lado para o outro como se
buscasse uma explicação para o gol sofrido.
A preocupação deu lugar ao alívio dois minutos depois, quando Chicão
empatou de falta. Na comemoração, Paulo Victor festejou com os
torcedores que estavam no setor atrás do gol dele. Punhos cerrados e
muita vibração do camisa 48.
Perigo pelo alto e preocupação com o relógio
Paulo teve um segundo tempo de muito mais trabalho. O Goiás voltou para
o segundo tempo disposto a buscar o empate a todo o custo e pressionou
muito. O time esmeraldino abusou dos cruzamentos para a área e obrigou
PV a sair para fazer alguns cortes. O goleiro continuava atento e ágil
nas saídas de gol. A pressão dos donos da casa nem deu tempo a Paulo
Victor de falar sozinho. Na segunda etapa, foi preciso ficar ainda mais
alerta e deixar o time todo assim. Deu certo. Zagueiros, laterais e
volantes se entregaram e suportaram a pressão.
Entre um ataque e outro, Paulo ficou de olho no relógio. Depois dos 30
minutos do segundo tempo, perguntou aos repórteres quanto faltava para o
fim da partida. Com o apito do juiz e a vitória assegurada, comemorou
muito e gostou do que fez em campo.
- Minha atuação eu deixo para vocês da imprensa analisarem. É difícli
ficar se julgando, procurei ser o mais tranquilo, mas simples como
sempre. Saio satisfeito com certeza. É o mesmo jogo, para mim a hora que
entra em campo ou vale três pontos, ou o tíulo, ou chegar numa final.
Para mim é a mesma coisa – resumiu.
PV disputou o décimo jogo dele na temporada. Com ele no gol, o Flamengo
conquistou cinco vitórias, empatou três vezes e perdeu duas em 2013.
Desde que virou profissional do clube, há seis anos, foram 48 partidas e
45 gols sofridos.
Operado, Felipe dá início ao processo de recuperação da artroscopia, o que deve durar quatro semanas. Caso encurte o prazo, o camisa 1, que terá alta nesta quinta-feira, poderia jogar as rodadas finais do Brasileirão. A participação em uma possível final da Copa do Brasil, por sua vez, é quase impossível, já que as partidas da decisão acorrerão nos dias 20 e 27 de novembro. Paulo Victor pode ter a chance de ganhar seu primeiro título pelo clube em campo, longe do banco de reservas.
Operado, Felipe dá início ao processo de recuperação da artroscopia, o que deve durar quatro semanas. Caso encurte o prazo, o camisa 1, que terá alta nesta quinta-feira, poderia jogar as rodadas finais do Brasileirão. A participação em uma possível final da Copa do Brasil, por sua vez, é quase impossível, já que as partidas da decisão acorrerão nos dias 20 e 27 de novembro. Paulo Victor pode ter a chance de ganhar seu primeiro título pelo clube em campo, longe do banco de reservas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário