Sobe e desce na tabela, dificuldade para repetir uma escalação,
instabilidade e a chegada de somente dois reforços. Mano Menezes
completou na terça-feira três meses de sua apresentação como treinador
do Flamengo. Neste período, uma palavra marcou sua trajetória na Gávea:
paciência. Ao mesmo tempo em que o torcedor clama por ambições maiores
do somente escapar do rebaixamento, o treinador sabe que a evolução é
lenta e as oscilações fazem parte de um processo de reformulação. Sendo
assim, o jeito é buscar uma afirmação no Brasileirão, apostar na Copa do
Brasil e se preparar para um 2014 mais animador.
Mano Menezes observa treinamento do Flamengo no Ninho (Foto: Gustavo Miranda / Agência O Globo)
Nos bastidores, Mano já conversa com a diretoria para planejar a
próxima temporada. Enquanto isso, acerta os ponteiros até o fim do ano
convivendo com problemas que, segundo ele próprio, já eram esperados.
- Sabia exatamente das dificuldades que íamos passar. Sabia que não
iriam acontecer muitas contratações e que a velocidade que íamos avançar
seria essa. Não há milagre no futebol. Nosso investimento de folha é um
terço de quem está brigando na ponta da tabela. Brigamos por coisas
diferentes.
O investimento reduzido interfere diretamente na dificuldade para
formação de um elenco homogêneo, o que tem atrapalhado Mano Menezes a
dar uma cara ao Flamengo. Desde que assumiu a equipe, o treinador só
repetiu a escalação nas duas primeiras partidas, contra Coritiba e ASA
de Arapiraca.
- Eu gostaria de ter o Flamengo do goleiro ao atacante do lado esquerdo
definido e sabido. Isso é o ideal para o treinador. Assim, se impõe uma
forma de jogar contra o adversário, mas não estamos neste estágio
ainda. Vamos ter que esperar um pouco ainda.
Nesta quinta-feira, contra o Atlético-PR, no Maracanã, serão mais três
alterações: Chicão volta na vaga de Samir, Elias na de Diego Silva e
Rafinha deve ser o preferido para o lugar de Gabriel, que não vem bem.
Escolhas que fazem parte da rotina de Mano, que não espera milagres, mas
sabe que é preciso trabalhar no limite por um 2014 melhor.
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