De volta ao Flamengo, de volta ao Maracanã. André Santos
começou a escrever a história da sua segunda passagem pelo clube neste
domingo. No Fla-Flu, acabou escalado fora da lateral esquerda, sua
posição de origem, mas funcionou muito bem no meio-campo e teve
participação importante na vitória por 3 a 2. Foi destaque. Bem
diferente daquele jovem de 23 anos que passou pelo Rubro-Negro entre
2005 e 2006 quase sem ser notado. Em sua 45ª partida vestindo vermelho e
preto, ele deu ritmo e equilíbrio ao jogo do Flamengo e mostrou
liderança ao orientar os companheiros.
Mano Menezes gostou, André gostou, a torcida gostou. Depois de 82
minutos em campo, o jogador saiu do gramado exausto e aplaudido. Ainda
longe da forma física ideal, ele compensou a falta de mobilidade com
toques de primeira, dribles e jogo de corpo. Útil ao defender e atacar,
deu ao time o que faltava: calma.
André quase fez o segundo gol dele pelo Flamengo. O primeiro foi sobre a
Portuguesa, numa vitória por 4 a 1, na primeira passagem. No Fla-Flu,
quase marcou o terceiro do Rubro-Negro. Hernane foi mais rápido e chutou
antes do lateral. O que poderia ser gol virou assistência. André foi
quem mais finalizou no time. Ao todo, cinco tentativas. A melhor delas
aos 11 minutos do primeiro tempo. Elias invadiu a área pelo lado direito
e cruzou rasteiro e na medida. Marcado, o jogador acabou jogando à
esquerda do gol de Diego Cavalieri. Incrédulo, levou as mãos ao rosto.
Principal articulador da equipe, sofreu quatro faltas e cometeu uma.
Foram apenas dois passes errados.
Foi a primeira vez de André Santos no novo Maracanã. Coincidentemente, a
última partida da primeira passagem pelo Rubro-Negro havia sido no
antigo estádio e num clássico. Em 25 de fevereiro de 2006, ele
participou da vitória por 3 a 2 sobre o Botafogo, em partida do
Campeonato Carioca.
A opção de Mano por escalar o jogador no meio-campo mostrou-se
acertada. E será mantida. Pelo menos até que ele esteja em melhor forma
física. Seu último jogo havia sido pelo Grêmio, dia 16 de maio, pelas
oitavas de final da Libertadores, contra o Santa Fé, da Colômbia. O
treinador sabia que André não conseguiria ser tão eficiente na lateral.
- Nesse primeiro momento, quando a condição ainda não for a ideal,
penso que ele vai render melhor ali. A função de lado, de lateral,
requer mais preparo físico. João Paulo está realmente bem, acrescentando
na frente. Tem dado consistência defensiva, é rápido no retorno. André
me deixaria com mais cabelos brancos para apoiar (risos). Ele para
apoiar é uma BMW. Para voltar, é um Fusca (risos). O João cresceu, e a
gente quer escolher o melhor para a equipe. O que conseguirmos fazer de
melhor nós vamos fazer - analisou o técnico.
André Santos volta ao Flamengo como nome de peso, com currículo encorpado por títulos e convocações para a seleção brasileira. Aos 30 anos, está mais preparado para jogar no clube. Parece muito mais à vontade. Na comemoração do terceiro gol do time no Fla-Flu, subiu a escadinha que leva até a torcida e abraçou torcedores. Depois, bateu do lado esquerdo do peito, sobre o escudo do clube. O recomeço foi promissor, mas Mano quer mais, André quer mais e os torcedores querem mais.
André Santos volta ao Flamengo como nome de peso, com currículo encorpado por títulos e convocações para a seleção brasileira. Aos 30 anos, está mais preparado para jogar no clube. Parece muito mais à vontade. Na comemoração do terceiro gol do time no Fla-Flu, subiu a escadinha que leva até a torcida e abraçou torcedores. Depois, bateu do lado esquerdo do peito, sobre o escudo do clube. O recomeço foi promissor, mas Mano quer mais, André quer mais e os torcedores querem mais.
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