Já passava das 16h (de Brasília), quando o zagueiro Chicão
iniciou sua caminhada até o gramado do campo 1 do Ninho do Urubu.
Naquele momento, trocava seus primeiros passes como jogador do Flamengo
em um grupo nem tão cheio de novidades assim para ele. A intimidade no
contato com André Santos, Elias e, especialmente, o técnico Mano Menezes
denunciava o grau de relacionamento que nutrem.
- Trabalhei com o Mano em 2008, 2009, um pouquinho de 2010. É um cara
sensacional, chegou na Seleção, infelizmente não seguiu lá. É aquele pai
que cobra bastante - afirmou Chicão.
Chicão e André Santos conversam com Mano Menezes no treino (Foto: Thales soares)
Capitão do Corinthians em vários momentos dos seus cinco anos no clube,
Chicão carrega com ele essa liderança para um grupo formado por muitos
jogadores ainda em busca de seu espaço no futebol. Essa posição e sua
intimidade rápida com o grupo são pontos julgados como facilitadores de
sua adaptação ao Flamengo.
Na chegada ao campo na sexta-feira, teve uma longa conversa com Mano
Menezes. Depois, novamente estava ao lado do treinador, mas desta vez
com a companhia de André Santos, outro recém-contratado com passagem
pelo Corinthians. O zagueiro ainda ouviu as instruções do preparador
físico.
No treinamento, Mano rapidamente deu demonstrações de confiança em
Chicão. Em uma atividade técnica, colocou o jogador ao lado de Wallace e
González em um time formado por 13 jogadores de linha, que contava com
os titulares habituais do treinador.
Chicão demonstrou firmeza nas disputas e talento para lançamentos
longos. Não falou muito, pois o posicionamento era restrito a uma
determinada área do gramado. Depois, ainda ficou em campo para um treino
de ataque contra defesa no qual os zagueiros ficavam em menor número.
Com a camisa 3 e um apelido que remete ao volante Chicão,
ex-Atlético-MG, São Paulo e Seleção, o zagueiro do Flamengo tem o
confronto com o Fluminense pela frente em sua provável estreia pelo novo
clube. Mano sabe o que ele pode dar ao time no Maracanã.
- É bom conhecer os jogadores. Você encurta caminhos. O quanto mais nós
pudermos encurtar, é bom para a gente. Ele é um desses jogadores.
Trabalhamos quase três anos juntos. Dá essa condição ao técnico. Faz com
que o entrosamento dentro de campo seja mais rápido, que essa
referência volte. Os jogadores têm suas referências um dos outros.
Quando se encontram, é como se reavivassem aquilo e levassem dentro de
campo - comentou Mano.
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