O Flamengo cogita seriamente nos bastidores se despedir do Rio de
Janeiro em 2013 na próxima quarta-feira, diante do Cruzeiro, pelas
oitavas de final da Copa do Brasil. Insatisfeito com os termos
apresentados pelo Consórcio Maracanã SA para mandar seus jogos no
estádio, o Rubro-Negro aguarda o desfecho do imbróglio envolvendo a
permanência do grupo para tomar uma decisão definitiva. Caso o Governo
do Estado não assuma a gestão do local, o clube projeta confirmar para
Brasília as dez partidas em que tem mando de campo no segundo turno. Só
uma renegociação nas condições atuais para atuar no principal palco
carioca mudariam a decisão.
Desde o retorno do Maracanã, o Flamengo mandou apenas o clássico com o
Botafogo no estádio e não ficou nada satisfeito com o resultado
apresentado no borderô. Segundo o documento, o clube teve que pagar ao
consórcio R$ 1.081.568,41 para utilização do Maracanã. O Rubro-Negro
teve direito a R$ 1.081.423,31 da renda, mas como R$ 162.213,50 foram
penhoras, bateram nos cofres do clube R$ 919.209,81. O montante é
referente a somente cerca de 35% dos R$ 3.082.555,00 arrecadados.
Com um acordo teste de duração de seis meses com o consórcio,
exatamente para análise dos números, a diretoria chegou a um consenso de
que os custos operacionais e de aluguel apresentados são inviáveis. A
insatisfação é tanta que nos bastidores ninguém esconde a torcida para
que o Governo do Estado cancele a concessão e reassuma o estádio,
tornando mais lucrativa a volta para casa, que poderia ser até
definitiva - com exceção do clássico com o vasco, já acordado para
Brasília.
A inflexibilidade do consórcio também tem desagradado o Flamengo, que,
por sua vez, mantém a mesma linha de conduta. A situação tem causado um
mal-estar evidente, o que pesou para que entrasse em pauta um
afastamento definitivo até o fim da temporada. A postura radical, por
sua vez, faz parte da estratégia de negociação e é uma forma de
pressionar o consórcio. Qualquer decisão pode ser revista até dez dias
antes do confronto, prazo estipulado pela CBF para confirmação dos
locais das partidas. A estimativa com base nas rendas apresentadas ao
longo do Brasileirão é de que uma partida no Mané Garrincha custe cerca
de R$ 600 mil a menos do que no novo Maraca.
Com média de 26.806 torcedores por jogo, o Flamengo é o segundo
colocado no ranking de público do Brasileirão - o Corinthians tem 28.954
- e segue de calculadora nas mãos para transformar esse apoio em
receita. Nem que para isso precise dizer um "até logo" a sua cidade de
origem.
Desempenho ruim do time desanima torcida em Brasília
Desempenho ruim do time desanima torcida em Brasília
Além de ter deixado de ser novidade em Brasília, o time do Flamengo vê o
apoio do público da capital federal oscilar. O jogo contra o Grêmio
teve um público de 20.580 pagantes, numa renda de R$ 951.590,00, e foi
marcado pelo equilíbrio nas cadeiras. Em muitos momentos só se ouvia
gremistas cantando. Do banco de reservas, Mano notou.
- Hoje (sábado) já não tivemos um número muito maior de torcedores, esteve muito equilibrado. Você olhava para as cadeiras e via muita gente de azul. Ele (torcedor) já esteve muito próximo de nós e não podemos reclamar do apoio do torcedor. Quando sentir que está vendo algo melhor ele volta. Num primeiro momento, num segundo momento, que é novidade, vem mesmo sem saber o que vai ver. Depois quer qualidade de jogo, vitórias. Quando a gente não oferece isso, ele repensa se vai voltar na segunda vez ou na terceira vez.
Com o placar de 1 a 0, o Tricolor gaúcho quebrou a invencibilidade do Flamengo no Mané Garrincha. Em sete jogos, foram quatro empates, duas vitórias e uma derrota.
Na volta ao Rio neste domingo, o goleiro Felipe deixou claro que a vontade dos jogadores é jogar o máximo possível no Maracanã.
- Prejudicar não sei, mas não é normal (Fla itinerante). Esse ano foi algo diferente. Foi uma decisão, acatamos da melhor maneira, foi legal jogar em vários lugares, jogar em Brasília, que é uma torcida diferente. A gente sente falta da torcida do Rio. Quando a gente precisa, conseguem empurrar a gente.
- Hoje (sábado) já não tivemos um número muito maior de torcedores, esteve muito equilibrado. Você olhava para as cadeiras e via muita gente de azul. Ele (torcedor) já esteve muito próximo de nós e não podemos reclamar do apoio do torcedor. Quando sentir que está vendo algo melhor ele volta. Num primeiro momento, num segundo momento, que é novidade, vem mesmo sem saber o que vai ver. Depois quer qualidade de jogo, vitórias. Quando a gente não oferece isso, ele repensa se vai voltar na segunda vez ou na terceira vez.
Com o placar de 1 a 0, o Tricolor gaúcho quebrou a invencibilidade do Flamengo no Mané Garrincha. Em sete jogos, foram quatro empates, duas vitórias e uma derrota.
Na volta ao Rio neste domingo, o goleiro Felipe deixou claro que a vontade dos jogadores é jogar o máximo possível no Maracanã.
- Prejudicar não sei, mas não é normal (Fla itinerante). Esse ano foi algo diferente. Foi uma decisão, acatamos da melhor maneira, foi legal jogar em vários lugares, jogar em Brasília, que é uma torcida diferente. A gente sente falta da torcida do Rio. Quando a gente precisa, conseguem empurrar a gente.
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