O Consórcio Maracanã S/A prepara medidas antiviolência no estádio
para os jogos do Campeonato Brasileiro. Além de um Termo de Ajuste de
Conduta (TAC), baseado em segurança, conforto e acessibilidade, o
concessionário implantará grades para separar os setores da
arquibancada, vetará a entrada de bandeiras com bambus, os instrumentos
musicais e trabalhará, junto aos clubes, a mudança de hábitos entre as
torcidas organizadas para que não assistam, por exemplo, às partidas de
pé e sem camisa.
- Vamos conversar com os clubes para para a
mudança de hábitos. Me refiro a bambus, aos surdões, assistir aos jogos
em pé... - disse João Borba, presidente do Consórcio. - O bambu não tem
nem onde ficar.
No Consórcio, há quem defenda a instalação de
vidros em vez das grades. Mas para a Copa do Mundo, a Fifa impede
qualquer barreira e, assim, seria necessário toda a retirada do
material. A grade seria removível, o que facilitaria. Para evitar
confrontos no anel inferior, onde acontecia nos anos 80 e 90, serão
colocadas grades mais resistentes.
Há a preocupação com a
violência e a educação. O Consórcio arcará com as despesas do estádio.
Caso haja depredação, o Maracanã S/A pagará, não repassando os custos
para os clubes. Também administrador da Arena Fonte Nova, o consórcio já
conviveu com isso em dois clássicos Bahia e Vitória. No primeiro, 200
cadeiras foram quebradas; no segundo, outras 43. Como medida, um anúncio
foi colocado nos jornais com os torcedores filmados.
- Colocamos uma tarja no rosto, mas informamos no anúncio que a gente já sabia que era ela. Isso diminuiu - disse Borba.
Os
Stewards serão mantidos como agentes educacionais. O Consórcio já
fechou com o Fluminense por 35 anos e espera acordo com Flamengo e
Botafogo em breve.
- Estamos perto disso. Cada clube tem a sua exigência, sua necessidade. E queremos ter todos - disse Borba.
O primeiro jogo com clubes do Rio será o clássico entre Fluminense e Vasco, no dia 21 de julho, pelo Campeonato Brasileiro.
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