Bruninho foi apresentado pelo Flamengo no dia 17 de maio, mesma época
em que também chegaram Val, Paulinho e Diego Silva, todos vindos do
interior paulista. De lá para cá se passaram quase dois meses, seis
jogos do Rubro-Negro pelo Brasileiro, um pela Copa do Brasil e nenhuma
chance para o meia-atacante no time principal. Pior. Bruninho sequer
viajou com o elenco para os jogos em Brasília e Arapiraca ou foi
relacionado. Mais animado dos quatro reforços durante as apresentações, é
o único que ainda não estreou.
Porém, o jovem jogador não se abala e espera a sua chance. Antes de
defender o Flamengo, Bruninho jogou por Atlético Sorocaba e Penapolense.
Pelo primeiro, marcou seis gols no Campeonato Paulista deste ano e foi
um dos destaques, em atuações que o credenciaram a vir para o clube
carioca.
- A mudança foi positiva. A cobrança por resultados aqui é grande, a
vitória é primordial. A adaptação também está sendo boa, fui muito bem
recebido pelos meus companheiros. A maior diferença tem sido o clima. Em
São Paulo é muito frio e aqui é quente, mas estou gostando muito do Rio
- afirmou.
Segundo o meia-atacante, o bom acolhimento por parte do grupo e o
entrosamento pessoal com os outros jogadores vindos do interior paulista
têm sido os fatores fundamentais para a sua boa adaptação.
- Já fiz muitos amigos. Fui bem recebido por todos do elenco. Converso
principalmente com o Val, o Diego Silva e o Paulinho, que vieram de São
Paulo comigo.
Com apenas 23 anos, Bruninho espera o momento de mostrar seu futebol. O
jogador assinou um contrato de três anos (até 2016) com o clube carioca
e teve 50% dos seus direitos adquiridos na transação, situação que
serve de motivação.
- Um contrato longo é bom, dá uma maior tranquilidade. A chance de jogar no Flamengo é única. Pretendo mostrar meu valor aqui.
Veloz e driblador, costuma jogar como ponta, mas também atua no
meio-campo, apesar de deixar clara a sua preferência pela primeira
opção. Uma característica em alta no atual sistema de jogo do
Rubro-Negro, mas também com concorrência forte, que inclui Gabriel,
Paulinho, Adryan, Rafinha, e agora Nixon.
- Gosto de jogar nas duas posições, mas gosto mais de atuar como
atacante. Porém, onde o professor me botar para jogar eu topo. É esperar
o Mano me dar uma oportunidade.
"Oportunidade". Esta foi a palavra mais utilizada por Bruninho durante a
entrevista concedida ao GLOBOESPORTE.COM, e é também o que o jogador
procura no Flamengo. Paciente, sabe que sua hora irá chegar.
- O fato de ainda não ter jogado não me incomoda. Só é chato pois quero
estar junto do grupo, jogando. Mas é uma decisão da comissão técnica, e
eu entendo. Meus familiares e amigos perguntam quando irei jogar, mas
eles também entendem. Cheguei agora. É como está acontecendo com o
Paulinho e o Val, que têm jogado, e o com Diego Silva, que também vem
ganhando oportunidades. Uma hora será a minha vez.
A hora, por sinal, quase chegou com Jorginho. Entretanto, o treinador
foi demitido e deu lugar a Mano Menezes, mudança que freou a estreia de
Bruninho.
- Com o Jorginho eu ia começar jogando, ia ter oportunidades, mas com o
Mano ainda não tive chances. Ele tem conversado bastante com todos,
comigo e com os outros que não têm jogado, e sempre fala que todos terão
a sua oportunidade. É só uma questão de esperar.
Sem ter jogado ainda, Bruninho não sentiu um dos maiores problemas dos jogadores recém-chegados ao Flamengo: a pressão.
- Venho conversando com os meus companheiros e eles falam que o pessoal
cobra bastante. Essa pressão é válida, porém só vou sentir mesmo quando
começar a jogar.
Quando perguntado se tem medo de não se firmar no Rubro-Negro, o jogador foi enfático:
- Medo nenhum. Esta é a oportunidade da minha vida. Sei do meu potencial - finalizou.
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