Madura, talentosa, líder do grupo e extremamente avessa aos holofotes.
Assim é, na opinião do técnico Josimar Reis, a levantadora Sasha
Meneghel, capitã da equipe infantil de vôlei feminino do Flamengo e
filha única da apresentadora Xuxa com o ator e empresário Luciano
Szafir. A um mês de completar 15 anos, a menina é tratada como uma
promessa do voleibol carioca. Com 1,74m de altura, a ilustre atleta tem
ótimas chances de se tornar uma jogadora de ponta, segundo a avaliação
do seu treinador.
Com 1,74m, Sasha Meneghel vem sendo tratada como uma promessa do Flamengo (Foto: Flávio Dilascio)
- Esse é o quarto ano que a Sasha está comigo. Ela pode vir a ser uma
grande jogadora no futuro, porque tem todos os traços de uma atleta: é
longilínea, tem braços e pernas longas e ainda não fechou a estatura
óssea. Ela detesta os holofotes. Ela quer é jogar voleibol e não
aproveitar o fato de ser filha da Xuxa para para ganhar fama - afirmou
Josimar, técnico do infantil feminino do Flamengo.
Apesar da indisfarcável timidez, Sasha é tida como uma das líderes do
grupo rubro-negro. Sensível, ela chega a atuar como conselheira
sentimental das amigas e até do próprio treinador.
- A Sasha tem uma cabeça muito boa. Às vezes,chego para trabalhar com
algum problema, ela percebe e vem falar comigo. Ela é capitã do time não
por ser a Sasha, mas por ser madura o suficiente para passar um
controle emocional às companheiras mesmo estando fora de quadra -
destacou
Josimar.
Mesmo com todos os elogios e a confiança demonstrada pelo seu técnico,
Sasha tem ficado na reserva nas últimas rodadas. A explicação do
treinador tem a ver com a formação de uma nova jogadora. Substituta da
famosa levantadora, a jovem Carol vem sendo testada perto da rede para
atuar futuramente em uma outra posição.
- A Sasha era a primeira levantadora, mas fiz a opção por outra
jogadora para formar uma futura líbero. A menina que hoje está no lugar
da Sasha tem menos altura, mas tem mais técnica. Tenho que pensar em
formar jogadoras, não posso pensar só em ser campeão. A Sasha
compreendeu bem a mudança e tem dado força para a Carol - revelou
Josimar.
Incentivada por Xuxa e Szafir, que costumam acompanhar a filha nas
partidas do Flamengo, Sasha tem tido problemas apenas para conciliar os
seus horários na Escola Americana com os treinos na Gávea. Estudando em
regime integral, ela tem se atrasado constantemente nas atividades no
clube.
- Isso prejudica na questão do ritmo de jogo, mas a Sasha se empenha
bastante quando chega, o que faz com que seja respeitada dentro do grupo
- comentou.
Sasha (camisa 7) tem tido problemas para chegar na hora nos treinos (Foto: Flávio Dilascio)
Atuando com a camisa 7 do Flamengo, Sasha tem no voleibol o seu estilo
de vida. Quando não está jogando ou treinando, está na orla carioca
aprendendo os fundamentos do vôlei de praia, o que tem a ajudado a
aperfeiçoar o seu estilo de jogo. No início do ano, a levantadora
rubro-negra chegou a ser convocada para a seleção sub-19 de vôlei de praia, realizando um período de treinamentos no centro de desenvolvimento da CBV, em Saquarema (RJ).
- Jogar na praia é importante para desenvolver a habilidade. A Sasha
está sempre querendo se aperfeiçoar e evoluir. Quando olho para ela,
vejo uma jovem que quer muito crescer no esporte por méritos próprios -
elogiou Josimar.
O Flamengo, de Sasha, perdeu para o Fluminense por 3 sets a 0 (25-21,
25-15 e 25-21) nesta quarta-feira, no ginásio da Gávea. Sem chances no
primeiro turno, a dupla Fla-Flu apenas cumpriu tabela, uma vez que
Tijuca e Botafogo farão a final desta etapa da competição - Sasha foi
reserva durante toda a partda. No sábado, o Rubro-Negro fecha a sua
participação no turno contra o Barra Mansa, em casa, às 15h. O returno
começa no dia 3 de agosto.
Flamengo e Fluminense apenas cumpriram tabela nesta quarta-feira, na Gávea (Foto: Flávio Dilascio)
- Esse primeiro turno foi de muita observação. Temos um grupo de
meninas ainda imaturas, que acabaram de vir do mirim e que se juntaram
com as que já jogavam no infantil no ano passado. Como temos um elenco
bem distinto, até engrenarmos uma equipe homogênea levaremos algum
tempo. Como no segundo turno já vamos ter o time mais entrosado, creio
que teremos boas chances de chegarmos à final - finalizou o treinador.
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