Até abril de 2012, o americano Adam Flores era um ex-jogador de futebol
americano universitário que havia abandonado o sonho de fazer sucesso
no esporte para trabalhar com o pai. Até que, em uma convenção de
trabalho em Atlanta, ele conheceu a brasileira Juliane. Pouco mais de um
ano depois, o californiano A.J. está casado, morando no Brasil e
jogando futebol americano no Rio de Janeiro, algo que ele nem imaginava
que existia.
O Flamengo Futebol Americano e A.J. fazem sua estreia neste sábado, às
16h, quando enfrentam o Campo Grande Gravediggers, no Mato Grosso do
Sul, pelo Torneio Touchdown.
- Encurtando a história, estávamos em uma viagem de negócios em abril
do ano passado. Basicamente eu me apaixonei à primeira vista. A segui
para Los Angeles, nós nos divertimos e eu disse “vou te ver no Brasil”.
Ela não acreditou, mas eu comprei uma passagem, vim para o Rio de
Janeiro, a pedi em casamento na véspera do Ano Novo, e aqui estou, hoje,
casado com ela. Louco, né? Usando uma expressão do beisebol, a vida me
mandou uma grande bola curva. Mas foi para melhor. Eu só posso avançar a
partir de agora – disse A.J.
Casado com uma brasileira, Adam A.J. Flores defenderá o Fla no futebol americano (Foto: Leo Velasco)
Adam jogou no futebol americano universitário pela Fresno State College
e depois atuou um ano pelo time de San Jose da Arena Football League,
antes de parar para trabalhar com antenas de TV via satélite nos últimos
três anos.
- Eu estou feliz de estar de volta ao campo, de poder jogar de novo. Já
tem alguns anos desde que eu jogava, mas esse sempre foi o meu sonho.
Eu não imaginava mesmo que o Brasil tinha futebol americano. Minha
mulher que falou para mim. Quando vi, disse “Eu tenho que jogar”. Ela
insistiu mais para eu vir jogar porque queria que eu fizesse amigos,
conhecesse pessoas. Quando cheguei aqui estava um pouco perdido, sempre
dependendo dela. Agora eu tenho esses caras realmente me ajudando muito –
destacou.
O americano atua na defesa do Flamengo. É um linebacker. E tem o
cabeludo Clay Matthews III, do Green Bay Packers, como principal
referência no esporte.
- Como a gente diz nos Estados Unidos, eu sou o martelo, não o prego.
Eu gosto de correr e acertar pessoas.Eu gosto muito do Clay Matthews.
Ele é um linebacker um pouco menor, mas ele cresceu muito sendo
persistente. Ele é um animal, é uma fera. Ele se joga como uma bola de
ping-pong. Ele não se importa. É isso que tento replicar no campo.
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