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Jorginho rea omismo comno Sul e afirma: 'Torcedorlorrtadospasses não finaliza: 'Não produziu
Com um elenco forte liderado pelo MVP Marquinhos, o Flamengo fez uma excelente campanha na quinta edição do Novo Basquete Brasil (NBB). Na primeira fase, foram 30 vitórias e quatro derrotas em 34 partidas, com aproveitamento de 88%. Nos playoffs, foram sete triunfos e apenas dois jogos perdidos até o título. E, neste sábado, na decisão contra o Uberlândia, vencida pelos rubro-negros por 77 a 70, a equipe contou com um reforço importante, mas bem conhecido, fora da quadra: a sua inquieta torcida. Com a Arena da Barra lotada por 16.364 torcedores (14.445 pagantes), a manhã foi de festa desde a entrada até a saída do local. O show nas arquibancadas, com direito a músicas tradicionais dos jogos de futebol, encantou. Oscar Schmidt foi homenageado, Zico, ovacionado, e o Uberlândia, naturalmente, muito vaiado.
- Foi a força da nação, teve a cara do Flamengo. É o maior dia da minha carreira - disse o eufórico Shilton.
Torcida do Flamengo faz a festa na Arena da Barra (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Antes de o duelo começar, um único incidente aconteceu na chegada dos
torcedores do Uberlândia. Dois integrantes de uma organizada rubro-negra
atiraram garrafas plásticas contra os mineiros e ensaiaram uma briga,
mas os torcedores rivais preferiram revidar cantando músicas alusivas ao
time. Depois, eles subiram a rampa de acesso sob os olhares de
policiais militares, sem nenhum problema.
A torcida do Flamengo chegou cedo. Cerca de duas horas antes do início
do jogo, quando a organização ainda fazia os últimos ajustes, os
rubro-negros já começavam a se posicionar nas arquibancadas, desenrolar
faixas eexibir a camisa recém-lançada, com o novo fornecedor do clube,
que apareceu em peso na decisão.
Com o passar do tempo, as arquibancadas foram ficando cada vez mais
rubro-negras, até o momento em que os mineiros entraram e receberam
muitas vaias. Animados, eles seguravam e batiam balões infláveis,
tentando fazer barulho, mas era difícil na casa do Flamengo. Afinal,
apenas dois ônibus da torcida do Uberlândia chegaram ao Rio de Janeiro
para a decisão do NBB. O ginásio veio abaixo quando o Marquinhos, Caio
Torres, Olivinha & cia. entraram em quadra.
Já o time de Hélio Rubens foi muito hostilizado. As vaias só pararam
com a execução do Hino Nacional Brasileiro pelo cantor Naldo Benny, que torce pelo Rubro-Negro, e ainda fez uma performance da música "Amor de Chocolate" no intervalo.
Depois disso, foi a vez das homenagens a Oscar Schmidt. Os atletas do
Flamengo entraram em quadra com uma faixa com a frase "Força, Oscar",
por conta da luta do Mão Santa contra um câncer
no cérebro, anunciada nesta semana. O clube carioca ainda preparou um
vídeo com os melhores momentos do craque pelo Fla - onde esteve entre
1999 e 2003 -, exibido ao término do primeiro quarto. Atrás da área
reservada à imprensa, torcedores de uma organizada exibiam, em letras
douradas, o nome do ídolo. Em um tempo técnico ainda no início do duelo,
eles cantavam: "olê, olê, olê, olá, Oscar, Oscar".
Grande ídolo do clube da Gávea, o ex-jogador de futebol Zico também foi
apoiar o time de basquete. Quando sua chegada foi anunciada pelos
alto-falantes da organização, ainda no primeiro quarto, os flamenguistas
cantaram, bateram palmas e fizeram a festa para o Galinho. Júnior e
Fábio Luciano também receberam o carinho dos rubro-negros.
A torcida acompanhava o time e fazia barulho quando qualquer atleta do
Uberlândia colocava as mãos na bola. Com 3m12s para o fim do primeiro
quarto, Olivinha fez uma jogada individual de muita raça e acertou a
cesta, colocando 18 a 7 no placar. Ele ainda ganhou uma bonificação e
vibrou demais. Os rubro-negros foram junto e gritaram seu nome. No
segundo quarto, os mineiros ensaiaram uma reação, mas foram abafados no
ginásio. Helinho, filho do técnico rival Hélio Rubens, foi muito vaiado.
Em uma jogada em que fez falta e ficou reclamando, ele foi muito
xingado pelos flamenguistas presentes.
E a pressão fez a diferença. No terceiro quarto, por exemplo, Valtinho
perdeu uma cesta sozinho, com o placar em 41 a 38 para o Flamengo. Como
de hábito, um dos mais exaltados pela torcida era Duda. O camisa 10 teve
seu nome gritado em diversas ocasiões. Até Vitor Benite, que ficou fora
por conta de uma lesão na coxa direita, ganhou uma faixa de apoio:
"Benite, dentro ou fora de quadra, correremos sempre com você". O
americano Kojo agradeceu o carinho.
- Não tem palavras para isso. Foi muito trabalho, muito treino, muita
academia... Ficamos tristes porque perdemos a Liga das Américas, mas
acreditamos, superamos as lesões e somos os campeões. Isso é demais. Eu
amo muito essa torcida - relatou, com o sorriso aberto.
No último quarto, as músicas cantadas pelas organizadas nos estádios de
futebol foram levadas para a Arena da Barra. Cânticos tradicionais como
"Domingo eu vou ao Maracanã", de Neguinho da Beija-Flor, "Vou
festejar", interpretada por nomes como Jorge Aragão, Beth Carvalho e
Nelson Cavaquinho, a adaptação de "Pelados em Santos", dos Mamonas
Assassinas, que virou "Manto Sagrado" e, é claro, o hino do Flamengo.
Com um minuto para o fim do jogo, já se ouviam os gritos de campeão das
arquibancadas.
Flamenguistas lotaram a Arena da Barra neste sábado (Foto: João Pires/LNB)
Muitos seguiram na Arena mesmo após a entrega das premiações. Alguns
torcedores conseguiram fotos e autógrafos de seus ídolos. Os mais
fanáticos queriam camisas e pediam até os shorts dos jogadores. Diego e
Olivinha riram e ficaram sem graça com o inusitado pedido na saída.
Crianças brincavam na chuva de papel prateado que ficou no chão como
resquício da comemoração do título. Na saída, o único problema era o
trânsito, que misturava as obras na Avenida Embaixador Abelardo Bueno
com a grande quantidade de veículos que saía do estacionamento da Arena
da Barra. Mas a manhã de sábado, certamente, foi inesquecível para os
rubro-negros que estiveram na decisão do NBB.
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