Esporte que originou o Flamengo, o remo está passando por um processo
de mudanças na Gávea. Há duas semanas, o treinador da equipe principal
do clube, Marcos Amorim, o Marcão, foi desligado do cargo. Ele exercia a
função há mais de dez anos, tendo conquistado oito títulos cariocas
pelo Rubro-Negro. Contatado pelo GLOBOESPORTE.COM, o ex-técnico não quis
se pronunciar, por ora, uma vez que ainda está em processo de
desligamento contratual.
Após dez anos, Marcão não é mais técnico do Flamengo (Foto: Reprodução / Site oficial do Flamengo)
Destaque da equipe carioca, a campeã mundial Fabiana Beltrame,
no entanto, lamentou a saída de Marcão. Ela revelou que o ex-treinador
tinha uma forte ligação com toda a equipe, que sentiu muito a perda.
Ainda segundo Fabiana, a informação passada aos atletas foi de que o
técnico teria tido um desentendimento com a nova diretoria e, por isso,
acabou afastado do cargo.
- Ele era um paizão para os atletas, acho que os mais novos ficaram sem
chão. Ainda mais no meio do campeonato, que está rolando. Remo é
diferente do futebol, não muda toda hora o comando, é um esporte muito
particular. O pessoal sentiu muito. É uma pena - disse Fabiana Beltrame.
O Flamengo, por sua vez, afirma que o novo treinador deve ser anunciado
nos próximos dias e a saída de Marcão faz parte de um processo de
reformulação do remo rubro-negro. Dois novos profissionais foram
contratados. Eduardo Suabel, ex-excutivo da CSN, assume a função de
gerente executivo. Já Edson Dias, que já atuou como preparador-físico na
Confederação Brasileira de Remo e pelo basquete do Flamengo, assume o
cargo de coordenador técnico.
Os esportes olímpicos do Flamengo sofreram uma série de cortes desde o
começo do ano, quando a nova direção assumiu o clube. Natação, ginástica
artística e judô perderam suas equipes principais por questões
financeiras, assim como atletas de nome como Cesar Cielo, Diego e
Daniele Hypolito, Jade Barbosa e Érika Miranda. O caso do remo, no
entanto, é diferente. A modalidade que está no nome do clube (Clube de
Regatas do Flamengo) tem um vice-presidente próprio, José Maria
Sobrinho, e o Rubro-Negro não pode abrir mão da disputa competitiva por
se tratar do esporte que originou o clube.
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