Sem técnico e casa fixa, o Flamengo sonha com acordos com Mano Menezes e
Maracanã, respectivamente. Segundo o vice de marketing Luiz Eduardo
Baptista – o Bap, no entanto, o Rubro-negro não pretende cometer
loucuras em ambas negociações. No caso do treinador, por exemplo, a
intenção é chegar a um denominador comum sem fugir da realidade.
O Flamengo tenta a contratação de Mano Menezes desde a demissão de
Jorginho na semana passada, mas tem esbarrado na questão salarial. O
treinador pede em torno de R$ 700 mil, valor maior até que o pago a
Dorival Junior, demitido em março por conta da alta remuneração (R$ 580
mil).
“O torcedor tem que entender que os princípios que nos regem são
rigorosamente os mesmos. Não vamos fazer loucura. Não vou virar um
mentiroso para contratar um treinador”, disse o dirigente – um dos
principais nomes da diretoria rubro-negra - ao jornal Extra.
O dirigente ilustrou a situação com uma metáfora: com a chegada de Mano
Menezes, o Flamengo sairia de um apartamento quarto e sala para um com
dois quartos, na questão financeira. “Só preciso do dinheiro para um
quarto”, disse à publicação.
Dirigente descarta ‘acordo estúpido’ por Maracanã
O discurso firme foi mantido pelo dirigente em relação à negociação com
o consórcio responsável por administrar o Maracanã. O Flamengo ainda
não chegou a um acordo para a atuar pelo estádio. Segundo Bap, a
principal preocupação é a duração do contrato: 35 anos.
“Gostaria de chegar a um acordo. Mas não vamos fazer nada estúpido, por
35 anos. Todos querem jogar mês que vem no Maracanã. Eu também quero,
mas se tiver que vender a alma, com um acordo lesivo, não vamos fazer.
Não vamos criar um passivo para o Flamengo para resolver um problema que
nós não construímos”, disse Luiz Eduardo.
“Não vamos pagar para jogar no Maracanã, nem criar uma sociedade em que
um lado fica com 99% e o outro com 1%. Se eu [Flamengo] não jogar,
ninguém vai lá, não vende camarote e produtos”, encerrou o dirigente.
Principal bandeira da atual diretoria do Flamengo, a austeridade
financeira foi o principal argumento usado pelos dirigentes para a
demissão de Dorival Junior, em março. Caso aceite o pedido salarial de
R$ 700 mil de Mano Menezes, no entanto, o Rubro-negro desembolsará R$
1,34 milhão a mais do que gastaria com o antigo técnico até o fim de
2013.
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