Em coletiva de imprensa realizada na manhã de hoje, a Ambev divulgou um saldo parcial de adesões aos respectivos projetos de sócio-torcedor integrantes do “Movimento por um Futebol Melhor”.
Além de anunciarem novas parceiras (a operadora de telecomunicações
Tim) e clubes participantes (América-RN, ABC-RN, Avaí e Figueirense),
foi exposto o valor total angariado pelos clubes e apresentaram-se
projeções caso alguns cenários bastante otimistas se tornem realidade.
O Blog Teoria dos Jogos apresenta as tabelas elaboradas pela Ambev:
Eis o crescimento da base de associados a
partir do lançamento do projeto. Como o Flamengo não possuía algo do
gênero, lidera a estatística com quase 22 mil associados no período –
seguido de perto pelo Cruzeiro. Num segundo escalão se encontram São
Paulo e Palmeiras (ambos com cerca de 14 mil adesões). Corinthians,
Atlético-MG, Santos, Fluminense, Ponte Preta (uma boa surpresa) e
Botafogo vem em seguida. O Vasco se encontra com projeto em
reformulação. Demais clubes (como Grêmio e Internacional) apenas
recentemente aderiram à empreitada.
O objetivo era demonstrar que dos 450
mil sócios-torcedores, mais de 100 mil se associaram após 14 de janeiro,
sendo atribuídos ao sucesso do Movimento e de sua ampla cadeia de
descontos. Como resultado, a nova base de contribuintes – se anualizada –
injetará R$ 60 milhões nos cofres dos clubes brasileiros. Quesito que
tem o Cruzeiro como maior beneficiado:
Pelas tabelas acima, podemos calcular o ticket médio das mensalidades pagas a cada um: 1) Cruzeiro – R$ 64,97; 2) Fluminense – R$ 64,83; 3) Atlético-MG – R$ 59,93; 4) Botafogo – R$ 53,87; 5) São Paulo – R$ 49,96; 6) Flamengo – R$ 47,97; 7) Palmeiras – R$ 44,96; 8 ) Ponte Preta – R$ 44,92; 9) Santos – R$ 29,96; 10) Corinthians – R$ 24,93.
Por fim, o Flamengo foi o grande
referencial de como as receitas podem ser potencializadas caso se
atinja, respectivamente, o patamar do Benfica (clube português
recordista mundial em número de associados) e do Internacional
(recordista brasileiro). No primeiro cenário, 4% dos adeptos são sócios
do clube. No segundo, 1,73% dos colorados contribuem:
Tratam-se de números irreais tanto por
realidades geográficas e sócio-econômicas quanto por valores culturais
que explicam maior propensão associativa. Mesmo assim, resta clara
vultosa margem de crescimento – principalmente em se tratando das
maiores torcidas. Se 1% dos flamenguistas se tornarem sócios-torcedores,
a Gávea seria tomada por uma enxurrada de R$ 200 milhões, dobrando o
faturamento do clube. Por ora, apenas 6% deste público aderiu à causa.
Um grande abraço e saudações!
E-mail da coluna: teoriadosjogos@globo.com
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