Quase três meses após comemorar aniversário, Zico segue recebendo
homenagens pelos 60 anos completados no último dia 3 de março. Dessa
vez, o Galinho de Quintino foi tema de uma sessão dedicada ao Flamengo
no 4º CineFoot, festival de cinema relacionado ao futebol, no Rio de
Janeiro. No evento, que contou com a exibição do filme “Zico 60”,
exibido pelo Esporte Espetacular, o ex-jogador falou sobre a situação
atual do Rubro-Negro e avaliou o empate com o Santos, na estreia no
Brasileirão.
Zico fala em evento ogarnizado em cinema do Rio de Janeiro (Foto: Cahê Mota)
Consultor da atual diretoria e garoto-propaganda do projeto de
sócio-torcedor, Zico adotou um discurso pé no chão, apesar da boa
atuação da equipe na despedida de Neymar. Frisando que o grupo atual
conta com muitos jovens e apostas, o Galinho pediu paciência ao
torcedor, mas deixou escapar a esperança na formação de uma nova geração
de ouro ao comparar o momento com os anos que antecederam a explosão do
time campeão do mundo em 1981.
- O time não está superior, mas também não está inferior a ninguém que
vimos nesse campeonato. Lógico que alguns têm um elenco com jogadores de
mais nome, mas dentro do campo acaba sendo tudo igual. O importante é
que os jogadores entendam que quem veste aquela camisa tem que ter um
algo a mais. Isso que faz o Flamengo crescer nos momentos difíceis,
sempre foi assim. Quando nós começamos, ninguém dizia que seríamos
grandes jogadores. Éramos jovens com dificuldades, levamos alguns anos
para nos firmar no futebol, e viramos uma geração forte, que ajudou o
Flamengo por muito tempo. Mas ninguém já nasceu sendo fera. Essa
paciência é preciso ter. São atletas talentosos e que podem dar muitas
alegrias no futuro.
Zico fez coro com o discurso de reestruturação do Flamengo como
instituição que tem marcado a gestão do presidente Eduardo Bandeira de
Mello. Voltando a falar em paciência, o ex-jogador elogiou o trabalho da
diretoria e revelou acreditar que o sucesso de “Nação Rubro-Negra”, que
conta com mais de 22 mil adesões, pode fazer com que o clube contrate
um grande craque.
O ídolo rubro-negro comentou ainda a relação que mantém com os
principais nomes da atual diretoria: o vice de futebol, Wallim
Vasconcellos, e o vice de marketing, Luiz Eduardo Baptista, o Bap.
Consultor do chamado conselho gestor do Fla, Zico admitiu que não tem
participado muito das decisões nos últimos tempos e prometeu ficar mais
próximo com o início do Brasileirão.
- Ultimamente não (tenho participado muito) porque estou com muitos
compromissos, estou ocupado. Eles sabem meu pensamento. Vez por outra,
converso com o Wallim, com o presidente (Eduardo Bandeira de Mello), com
o Bap, mas tenho tido muitas viagens. Agora que o campeonato começa,
vou poder acompanhar melhor e passar aquilo que estou vendo para ajudar
em alguma coisa. Se precisar, se não precisar também... É melhor que não
precise (risos).
Galinho autografa a canela de um torcedor presente ao evento (Foto: Cahê Mota)
Após empatar com o Santos domingo, em Brasília, o Flamengo encara a
Ponte Preta na próxima quarta-feira, em Juiz de Fora, pela segunda
rodada do Brasileirão.
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