A uma semana da estreia do Campeonato Brasileiro, a torcida do Flamengo
ainda não sabe bem o que esperar do seu time. Após um bom início de
ano, o time derrapou a partir da semifinal da Taça Guanabara e foi
eliminado precocemente no Carioca. Na Copa do Brasil, passou sem grandes
sustos por Remo e Campinense, mas com um futebol abaixo do esperado.
Dentro do clube, os jogadores trabalham sem alarde e um tanto longe dos
holofotes, algo pouco costumeiro quando se trata de Flamengo.
Nos últimos dias, a diretoria contratou uma série de jogadores
desconhecidos seguindo sua política de não investir em grandes nomes,
com exceção de Marcelo Moreno, único que pode ser definido como reforço.
Mesmo com esse cenário de incertezas, na cabeça do goleiro Felipe,
um dos mais experientes do elenco, não há hipótese de o time entrar na
competição sem ter a conquista do heptacampeonato como meta principal.
- Independentemente do campeonato que o Flamengo esteja, ele tem que
entrar para ganhar. O pensamento é esse. Mas a gente sabe que o
Brasileiro é o mais forte do mundo, longo, onde tudo pode acontecer.
Existem outras equipes com elencos fortes, mas vamos entrar para vencer –
afirmou Felipe.
O jogador considera ser cedo para apontar favoritos, levando em conta a
longa duração do Brasileirão. De acordo com o camisa 1, apenas na
virada do primeiro para o segundo turno um prognóstico poderá ser feito
com mais precisão.
- Grêmio, Atlético-MG, São Paulo, Corinthians, Santos, Fluminense,
atual campeão, Botafogo, campeão carioca, Inter, com forte elenco. Todos
esses são favoritos. Agora, não tem como apontar um ou outro. Quando
virar do primeiro para o segundo turno é que você tem uma melhor noção
de quais equipes estão se destacando. Esperamos estar entre elas para
chegar ao final do ano tentando ser campeão ou, ao menos, a Libertadores
– disse.
O goleiro já projeta a estreia diante do Santos. No entendimento do
atleta, uma vitória sobre o time de Neymar pode dar ao Flamengo a
confiança necessária para a sequência da competição.
- São 19 clássicos, não tem jogo fácil. Vamos começar contra uma das
melhores equipes do país, contra um atleta que é o mais visto, o mais
falado. Então, para gente, já é uma boa. Vai colocar nossa força à
prova. Vamos fazer de tudo para estrear com o pé direito, já que
ganhando de uma grande equipe, você começa a ganhar um pouco mais de
respeito das outras equipes e confiança – concluiu.
Sem poder jogar dentro da cidade do Rio de Janeiro, pelo menos, até a
quinta rodada por causa das interdições de Engenhão e Maracanã, Felipe
não esconde a frustração e a saudade do “calor humano” carioca.
- Complicado não ter uma casa para jogar, nem lembro a última vez que
jogamos aqui no Rio, no Engenhão, no caso. É chato. O bom é que outros
torcedores podem ver o Flamengo. Ficamos muito felizes pelo que
aconteceu em Juiz de Fora, pessoal no aeroporto, estádio lotado no
treino e 20 mil pessoas no jogo. Deu para sentir aquele calor humano.
Até brincamos que parecia o Maracanã, com a torcida perto, apoiando o
jogo todo. O atleta sente falta disso, mas sabemos que isso é momentâneo
e esperamos que tudo isso possa ser resolvido e voltarmos a jogar em
casa depois da parada (para a Copa das Confederações). Queremos sentir o
calor do torcedor aqui do Rio – completou o camisa 1.
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