Depois do susto, o alívio. Denunciado por "agressão física" e "tumulto"
no jogo quatro da semifinal contra o São José, Caio Torres chegou a ser
suspenso preventivamente
por 30 dias pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do
basquete e temeu ficar fora da final do NBB. No entanto, depois que o pedido do Flamengo de revogar a suspensão por bons antecedentes foi aceito,
o pivô respirou aliviado e estará em quadra neste sábado para enfrentar
o Uberlândia, às 10h, na Arena da Barra, em busca do seu primeiro
título em solo brasileiro.
- Fiquei aliviado. Depois de um ano todo jogando seria injusto ficar
fora da final. Se tiver gancho, será apenas para o próximo campeonato.
Acabou que não agredi ninguém. Fiz apenas para assustar. Não dei porrada
em ninguém. Achei até injusto, mas agora está tudo certo. Estava com a
cabeça na final mesmo se não pudesse jogar. Tenho que dar tudo, é o
último jogo e precisamos ter o mínimo de erros possível. Fico feliz de
poder ajudar. Meu maior presente é estar diante da torcida no sábado -
disse.
Caio Torres faz sinal de positivo durante treino do Flamengo (Foto: Leonardo Velasco / Globoesporte.com)
A confusão contra o São José e o pedido de suspensão preventiva feita
pela procuradoria do STJD não foram as únicas novas experiências vividas
pelo pivô do Flamengo. Após deixar o país com apenas 17 anos e passar
os últimos sete atuando no basquete europeu, essa será a primeira vez
que Caio disputará uma decisão no Brasil como jogador profissional.
- Saí do Brasil muito cedo e, por isso, nunca cheguei a disputar uma
final no Brasil. Foram quatro anos em Madri, dois em Menorca e um
Mellia. É uma felicidade imensa poder realizar esse sonho com a camisa
do Flamengo. Cheguei aqui no ano passado, mas fui tão bem recebido e já
gosto tanto do clube que é como se tivesse nascido no Rio de Janeiro -
afirmou o pivô de 2,11m.
Em busca da primeira taça no Brasil
A oportunidade de disputar sua primeira decisão no Brasil não é o único
motivo que tem feito o pivô rubro-negro sorrir à toa ultimamente. Às
vésperas de se tornar pai pela primeira vez, o jogador admite que a
ansiedade pela chegada de Kaíque, que vai nascer no Paraná, estado de
sua mulher, tem sido ainda mais difícil de ser controlada.
- Claro que bate uma ansiedade de chegar logo a hora do jogo, mas sou
um cara tranquilo e tento encarar isso numa boa. É um dia especial e não
podemos deixar que nada atrapalhe. Mas tem também o nascimento do meu
filho, que será entre o fim de agosto e o começo de setembro. É um
momento especial na minha vida - assegurou o jogador.
Caio Torres x Lucas Cipolini
Mais complicado que a batalha que os advogados do Flamengo travaram com
os procuradores do STJD durante a semana para deixar Caio Torres em
condições de jogo deve ser o duelo com Cipolini. Um das principais armas
ofensivas do Uberlândia para a final, o pivô de 2,03m tem o quinto
melhor aproveitamento nos arremessos de dois pontos.
- É um duelo interessante e equilibrado. Ele leva vantagem por ser mais
veloz e mais ágil e eu pelo tamanho e força física. Mas não podemos
esquecer que eles ainda contam com o Estevam e o Léo Waszkiewicz, que
também são dois pivôs altos e de muita qualidade - alertou Caio Torres.
Flamengo e Uberlândia fazem a final do NBB na manhã deste sábado, às
10h, na Arena da Barra, com transmissão ao vivo da TV Globo e do SporTV. O GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real, com vídeos. Os 17 mil ingressos colocados à venda para a decisão se esgotaram em menos de dois dias.
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