Alex Silva e Wallace, Renato Santos e Alex Silva, Wallace e Renato Santos e, agora, Renato Santos e Marcos González.
De todas as constantes alterações que Jorginho tem feito no time do
Flamengo desde que assumiu, o setor onde a dança das cadeiras é maior é a
zaga. Contra o Fluminense, domingo, em Volta Redonda, o treinador deve
mandar a campo a quarta dupla diferente em apenas seis jogos. Prova de
que a briga por posições está bem aberta, o que não tem agradado por
completo os próprios jogadores.
Depois de Wallace reclamar do entra e sai,
após a vitória sobre o Remo, chegou a vez de Renato Santos admitir que
os testes acabam prejudicando o desempenho de quem estiver em campo.
Escalado ao lado do chileno González no coletivo desta quarta-feira, no
Ninho do Urubu, o zagueiro não escondeu o desconforto ao comentar a
situação com certo tom de resignação.
- Atrapalha um pouco o entrosamento da equipe, mas é uma fase de
avaliação. Todo jogador respeita, mas quando há uma sequência o ganho é
muito grande, se conhece o companheiro que está do lado. É uma coisa
natural do futebol e o jogador tem que assimilar o mais rápido possível.
Contratado ao Avaí durante o Brasileirão do ano passado, Renato Santos
teve sua melhor performance atuando justamente ao lado de González. O
histórico, no entanto, é minimizado pelo jogador, que divide os méritos
das boas atuações em 2012 com todo o sistema defensivo.
- Se o time não estiver bem, não vai acontecer nada. Uma andorinha só
não faz verão. Se eu e o González fomos bem em 2012, é porque tivemos a
ajuda do Wellington Silva, do Ramon, Amaral, Renato Abreu...
Atualmente, o Flamengo tem cinco zagueiros à disposição no elenco:
Renato Santos, Marcos González, Alex Silva, Wallace e Frauches. A
quantidade de opções e o revezamento, por sua vez, não são suficientes. A
pedido de Jorginho, a diretoria buscou recentemente informações sobre a
possibilidade de contar com Roger Carvalho, do Bologna, no Brasileirão.
Questionado a respeito da ida do clube ao mercado, Renato Santos disse:
- Não influencia em nada o meu trabalho. Penso no meu desempenho. Por
incrível que pareça, o futebol é mais individual do que coletivo. Não
tenho como trabalhar pelo Alex, pelo Wallace... Mas se cada um fizer o
seu melhor, todo mundo ganha. Se eles (dirigentes) acham que é preciso
(contratar), vai ser bem-vindo. Essa questão de entrar e sair jogador é
uma coisa natural. Tenho que me preocupar com o agora. Se não for bem
feito, depois não terei outra chance. Aqui tem que matar dez leões por
dia. Aqui é diferente de outros lugares.
As constantes alterações não são exclusividade da zaga. Ao todo,
Jorginho já escalou como titular 18 jogadores do elenco do Flamengo e o
número pode crescer, caso Ramon e González sejam confirmados no Fla-Flu
de domingo, às 18h30m (de Brasília), em Volta Redonda, pela sexta rodada
da Taça Rio.
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