Os cinco títulos nas últimas dez edições do Campeonato Carioca
evidenciam o predomínio do Flamengo no cenário estadual em anos
recentes. A boa fase deu ao clube da Gávea até mesmo a hegemonia em
cariocas, superando o Fluminense por 32 títulos a 31. Entretanto, a Taça
Rio que começa nesta quarta-feira, diante do Resende, no Engenhão,
surge como teste de força para que o clube não comprove estar pegando um
caminho oposto a essa tendência dos últimos anos. Desde 2004, quando a
competição passou a ser disputada no formato atual, o Rubro-Negro nunca
ficou dois anos consecutivos sem decidir um turno, o que pode acontecer
desta vez.
A marca é única no Rio de Janeiro. Dos quatro grandes, quem fez papel
de figurante mais vezes nas Taças Guanabara e Rio foi o Vasco, que caiu
antes da decisão entre 2005 a 2009, e teve apenas um título nos últimos
dez anos. Já o Fluminense viveu o jejum em 2009/2010/2011, e levou dois
títulos, enquanto o Botafogo ficou sem nada apenas em 2004 e 2005. O
Glorioso, por sinal, é o maior vencedor de turnos na última década:
levantou o troféu oito vezes em dez finais, sendo campeão Carioca apenas
em duas temporadas: 2006 e 2010.
Com oito presenças em finais, o Flamengo tem seis conquistas e foi
campeão carioca todas as vezes em que venceu um turno (em 2011 venceu os
dois). Presente em cinco desses títulos, Léo Moura
admite a preocupação em manter a tendência e sabe que mais uma campanha
decepcionante no Carioca aumentará a pressão sobre o clube para o
restante da temporada.
- Eu particularmente sinto isso. Ano passado nós não conseguimos
disputar o título, sendo que em 2011 conquistamos o campeonato invictos.
Desde que cheguei aqui, a partir de 2006, fui disputando e ganhando
títulos. Ficando fora foi muito ruim, o Flamengo tem que estar na final,
sentir o gostinho de levantar a taça. Quando passa o primeiro semestre
sem ganhar, a pressão é grande. Esse Carioca é importante, pois depois
vem a Copa do Brasil, uma competição que pode levar à Libertadores. Tem
que ganhar títulos.
Capitão rubro-negro, o lateral-direito acredita que não há muito
mistério para que o Flamengo evite a frustração do torcedor e pega a
campanha da fase de classificação da Taça Guanabara como exemplo a ser
seguido:
- Temos que repetir o que fizemos no primeiro turno e dar sequência.
Repetimos até um certo momento do campeonato. Se repetirmos durante todo
o segundo turno, a gente consegue a vaga para a semifinal e disputar a
final.
Na Taça Rio, os times se enfrentam dentro de seus grupos. No B, além do
Resende, o Flamengo terá Fluminense, Audax Rio, Bangu, Boavista, Duque
de Caxias e Macaé. Serão sete partidas, uma a menos que na Taça
Guanabara. Os dois melhores de cada chave avançam para as semis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário