‘Ele se sente protegido com o manto sagrado’, diz advogado do goleiro
Goleiro do Flamengo por quatro anos, de 2006 a 2010, Bruno
Fernandes de Souza fez um pedido inusitado à Justiça: comparecer ao
Fórum de Contagem (MG), hoje, quando começa o seu julgamento pelo
assassinato da modelo Eliza Samudio, vestido com a camisa do clube
rubro-negro. O jogador, que responde por homicídio triplamente
qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado da
ex-amante, teve a solicitação negada e terá que sentar no banco dos réus
com o uniforme vermelho da Penitenciária Nelson Hungria, onde está
preso há 2,5 anos.
"O Bruno queria usar o manto sagrado porque se sente protegido com
ele", afirmou um dos advogados do ex-capitão do Flamengo, Lúcio Adolfo,
que integra a equipe de defesa ao lado de Francisco Simin e Thiago
Lenoir.
A juíza Marixa Fabiane Lopes negou o pedido de Bruno, e a decisão não
foi contestada pela defesa. "Até concordei porque poderia ficar
parecendo que ela estava fazendo um ‘carinho' na defesa", reconheceu
Adolfo, que revelou que Bruno teve insônias nas últimas noites antes do
julgamento.
Se for condenado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de
cadáver, sequestro e cárcere privado, a pena de Bruno pode chegar a 41
anos de prisão. Ex-mulher e mãe das duas filhas do goleiro, Dayanne
Rodrigues do Carmo também começará a ser julgada hoje. Ela, que aguardou
o julgamento em liberdade, responde por sequestro e cárcere privado de
Bruninho, o filho do goleiro com Eliza Samudio. Dayanne pode ficar até 8
anos em cana.
Segundo a 'Folha de S. Paulo', goleiro Bruno poderá admitir, pela
primeira vez, que sabia da morte de Eliza Samudio. Em seu depoimento, no
entanto, ele deverá alegar que seu ex-assessor Luiz Henrique Ferreira
Romão, o Macarrão, planejou todo o crime sozinho, de acordo com o
jornal. Macarrão já foi condenado a 15 anos de prisão pelo homicídio.
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