Um dia depois da eliminação do Flamengo na semifinal da Taça Guanabara,
o vice de futebol Wallim Vasconcellos, o diretor executivo Paulo
Pelaipe e o técnico Dorival Júnior se reuniram para tratar da sequência
do trabalho para a Taça Rio. Segundo Pelaipe, na conversa desta
segunda-feira ficou decidido que a queda no primeiro turno em nada muda o
planejamento do departamento de futebol.
- Não tem nenhuma alteração no planejamento, não tem caça às bruxas.
Vamos seguir com os pés no chão, colocando as coisas em ordem. Foi um
jogo de 90 minutos, o time não fez um bom primeiro tempo, reagiu no
segundo, mas não conseguiu empatar. Mérito também do Botafogo. Temos que
trabalhar para fazer melhor no segundo turno. O objetivo é o título,
como era no primeiro. O time fez uma fase classificatória excelente.
Quando se ganha, não está tudo certo. Quando se perde, não está tudo
errado. Temos de encontrar o equilíbrio. Tratamos o que foi bom e ruim
internamente.
Na fase de grupos, o Flamengo venceu sete jogos e empatou um. O time
conquistou 22 dos 24 pontos possíveis e fez a melhor campanha geral.
Eliminado após a derrota por 2 a 0 para o rival, volta a campo no dia
13, contra o Resende, pela Taça Rio.
Paulo Pelaipe afirma que a decisão de não contratar mais nenhum jogador
para o estadual continua. No início deste ano, o Rubro-Negro se
reforçou com cinco atletas: Elias, Gabriel, João Paulo, Wallace e Carlos
Eduardo.
- O Flamengo não vai contratar ninguém agora. Vamos trazer os reforços
para o Brasileiro e a Copa do Brasil, que são competições duras,
precisamos de elenco. Vamos começar a pensar, a analisar, escolher bem
para evitar erros. Enquanto isso, vamos continuar apostando no grupo que
temos.
Assim como Dorival Júnior, o diretor acredita no crescimento daqueles
que chegaram há pouco tempo. Pelaipe também pede paciência com os mais
jovens e diz que oscilações vão ocorrer.
- O Gabriel jogou pouco, mas já deu alguma resposta. O Carlos Eduardo
vai se recuperar e mostrar o grande jogador que é. Os mais jovens vão
ter altos e baixos. Não só o Rafinha. O Rodolfo, o Adryan, o Thomás, o
Mattheus, o Nixon. Eles têm que jogar, pegar ritmo, confiança. Precisam
disputar decisões para amadurecer nas decisões. Só amadurecem jogando.
Os jogadores só pegam entrosamento se conhecendo, a equipe só cresce se
for repetida.
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