Quem olha a conta bancária da CBF, que tem faturamento anual de
R$ 313 milhões, pensa que o futebol brasileiro vai de vento em popa
financeiramente. Mas a boa saúde da entidade não se estende às
federações estaduais, que, em sua maioria, acumulam dívidas.
A
Pluri Consultoria juntou os dados de 21 filiadas e constatou que a
dívida líquida das federações (colocando na conta apenas as que são
credoras) chega a R$ 46,2 milhões. Os dados são do balanço de 2011, o
mais recente divulgado pela CBF.
A Federação Paranaense é
responsável pela maior fatia negativa da equação, devendo R$ 59,2
milhões, boa parte por conta do não pagamento de INSS e outros tributos.
Apesar
do volume acumulado de dívidas, as federações, juntas, conseguiram um
superávit de R$ 6,8 milhões em 2011. O saldo foi impulsionado pelas
entidades de São Paulo e Rio, donas das maiores receitas (veja abaixo).
Mas a administração dos recursos é diferente entre elas. Enquanto os
paulistas são credores de R$ 14 milhões, os cariocas devem R$ 8,8
milhões e também aparecem no topo da lista de “pendurados”.
Na
contramão da fatura no eixo a Rio- São Paulo está a maior parte das
federações do país. O cenário é pior no Maranhão e no Piauí. Amazonas,
sede da Copa do Mundo-2014, também não está em situação de abundância.
É bom lembrar que as federações recebem da CBF um repasse mensal. Em 2011, era R$ 30 mil/mês. Hoje, o valor mensal é R$ 50 mil.
Com a palavra
Hélio Cury - Presidente da Federação Paranaense, a maior devedora
"Renegociando, já pagamos R$ 13 mi"
A
gestão anterior ficou o tempo todo sem pagar INSS e impostos. Aí criou
esse problema. Tanto que o nosso patrimônio, o estádio Pinheirão, foi
leiloado. O dinheiro conseguido foi R$ 57 milhões e está depositado em
juízo. De 2008 para cá, já conseguimos pagar R$ 13 milhões de dívidas.
Estamos renegociando com nossos credores, mas o problema só vai acabar
quando as pessoas forem responsabilizadas. O ex-presidente não pagou e a
conta ficou com a Federação.
Balanço das entidades (A CBF não publicou o balanço das Federações de AP, DF, MT, MG, RN e RR)
Maiores receitas
1- São Paulo (R$ 25,7 milhões)
2 - Rio de Janeiro (R$ 11,9 milhões)
3 - Rio Grande do Sul (R$ 8,4 milhões)
4 - Paraná (R$ 4,6 milhões)
5 - Goiás R$ 3,4 milhões
1- São Paulo (R$ 25,7 milhões)
2 - Rio de Janeiro (R$ 11,9 milhões)
3 - Rio Grande do Sul (R$ 8,4 milhões)
4 - Paraná (R$ 4,6 milhões)
5 - Goiás R$ 3,4 milhões
Menores receitas
1 - Maranhão (R$ 261 mil)
2 - Piauí (R$ 272 mil)
3 - Tocantins (R$ 633 mil)
4 - Amazonas (R$ 682 mil)
5 - Rondônia (R$ 768 mil)
1 - Maranhão (R$ 261 mil)
2 - Piauí (R$ 272 mil)
3 - Tocantins (R$ 633 mil)
4 - Amazonas (R$ 682 mil)
5 - Rondônia (R$ 768 mil)
Mais endividadas
1 - Paraná (R$ 59,2 milhões)
2 - Rio de Janeiro (R$ 8,8 milhões)
3 - Alagoas (R$ 3,8 milhões)
4 - Santa Catarina (R$ 3,3 milhões)
5 - Ceará (R$ 1,4 milhões)
1 - Paraná (R$ 59,2 milhões)
2 - Rio de Janeiro (R$ 8,8 milhões)
3 - Alagoas (R$ 3,8 milhões)
4 - Santa Catarina (R$ 3,3 milhões)
5 - Ceará (R$ 1,4 milhões)
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