segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Maracanã: lona da cobertura e assentos começam a ser instalados



O Maracanã começa a ganhar forma para a Copa das Confederações. Nesta segunda-feira, o "Bom Dia Brasil" mostrou imagens aéreas da instalação da lona da cobertura do estádio e a colocação das cadeiras no anel superior do "Maior do Mundo". A previsão, segundo a Empresa de Obras Públicas (Emop), é que o estádio seja entregue à Fifa apenas no dia 24 de maio.

A instalação da cobertura, prevista anteriormente para novembro do ano passado, está sendo feita com o auxílio de alpinistas. A lona terá 68,4 metros de comprimento e vai cobrir cerca de 75 mil dos quase 80 mil lugares do palco das finais da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. A cobertura deve ser concluída em março.

- O projeto é alemão e as peças foram feitas em vários outros países. Existem métodos específicos para montagem da estrutura e esse será o grande desafio para os engenheiros brasileiros. Vai ser uma verdadeira aula de engenharia - afirmou Ícaro Moreno Júnior, presidente da Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro (Emop), responsável pelas obras no estádio, à Agência Brasil.

No início de fevereiro, o Consórcio Maracanã Rio 2014 afirmou que 5.500 operários trabalham atualmente na reforma e que o cronograma está dentro do previsto pela Fifa. A entrega do estádio está marcada mesmo para maio.

A reinauguração será no dia 2 de junho com o amistoso entre Brasil e Inglaterra. Antes, deverá acontecer um jogo-teste no estádio em 24 ou 28 de abril, organizado pelo governo do Rio de Janeiro, apenas com os operários e seus familiares como público, sem venda de ingressos. Desde o fim de novembro, o consórcio diz que a arena está com 80% da obra concluída.

A instalação das cadeiras também era uma preocupação do consórcio responsável pela construção do estádio. O motivo era a demora para a colocação dos 80 mil assentos no Maracanã. No Castelão, em Fortaleza, por exemplo, foram necessários 45 dias para que todas as cadeiras estivessem instaladas.

Nesta segunda-feira, os funcionários do estádio fizeram uma paralisação, pedindo melhorias no salário, na cesta básica e nas horas extras. Apesar de na última sexta-feira, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sintraicp), Nilson Duarte, afirmar que seria um "tiro no pé" entrar em greve, os funcionários decidiram por conta própria para o andamento dos trabalhos por 24 horas.

- Como não andou a negociação, os trabalhadores resolveram parar a obra. Fiz uma assembleia, mas amanhã retorna todo mundo. Vou negociar com o Maracanã. Quem quiser trabalhar, pode, mas foram aconselhados a voltarem para suas casas. Na segunda, faremos outra assembleia para definir tudo e poderá ter uma greve maior - disse Nilson Duarte.

maracanã cobertura bom dia brasil (Foto: Reprodução) 
Operários instalam lona da cobertura do 'novo' Maracanã (Foto: Reprodução)
 
Greve à vista?

O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sintraicp) e o Consórcio do Maracanã se reuniram na tarde da última sexta-feira para tratar das reivindicações feitas pelos operários, mas uma nova conversa foi remarcada para quinta-feira da semana que vem. Segundo o presidente do Sintraicp, Nilson Duarte, houve pouca evolução e tudo poderá ser decidido no próximo encontro. Mesmo assim, ele não descarta uma greve nas obras do estádio e de outras frentes na cidade do Rio de Janeiro.

- Houve pouco avanço. Como eles não encerraram a negociação, teremos uma reunião na próxima quinta-feira para seguir tentando. O pessoal (operários) está apreensivo e temos grandes possibilidades de greve. Não só no Maracanã, mas na cidade toda. Enquanto estivermos  negociando, não podemos parar. Se parar, é tiro no pé.

O Sindicato pede ao consórcio responsável pelo estádio um reajuste salarial de 15%, mais cesta básica de R$ 330, plano de saúde também para familiares, participação nos lucros de dois salários, além de hora extra de 100%. O consórcio, por sua vez, já ofereceu aumento de 8% além de cesta básica de R$ 250 e bonificação de R$ 150. Nilson Duarte acha que a proximidade da data de entrega do Maracanã pode ser favorável aos trabalhadores.

- Isso tem um peso, tanto que já estão oferecendo uma bonificação mensal aos trabalhadores.


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