Mais do que a camisa 10, Carlos Eduardo
tem carregado o peso de precisar lutar contra o tempo para recuperar a
melhor forma física e para afastar fantasmas do passado. Depois da
estreia contra o Botafogo, o jogador atuou diante do Olaria e voltará a
encontrar o Alvinegro na semifinal da Taça Guanabara, domingo, no
Engenhão. Ele deixou claro que ainda não tem condições de atuar 90
minutos e disse que luta para reconquistar a confiança para tirar
"coisas do além".
- Não estou 100% ainda, todos estão vendo isso. Ainda não estou
preparado para os 90 minutos, mas estou trabalhando o máximo possível
para voltar à forma ideal. Daqui a cinco, seis jogos acho que vou
conseguir. Estou sofrendo bastante com o tempo de bola, no jogo estou
demorando para pensar, mas só com os treinamentos vou melhorar. Também
tenho que perder uns quilinhos – admitiu Carlos Eduardo, dizendo que 70
minutos seria o máximo que aguentaria na semifinal.
Ao lembrar o problema que enfrentou recentemente, o camisa 10 admitiu
que ainda tem receio dentro de campo. Desde 2010 - entre opções do
treinador do Rubin Kazan e uma grave tendinite no joelho direito que o
atrapalhou durante quase dois anos - o meia disputou apenas 13 partidas e
fez dois gols.
- Confiança é tudo para o jogador, pois assim pode tirar coisas do
além. Tinham alguns lances que eu fazia com mais clareza, e agora tenho
medo do movimento. Fiquei triste (com a lesão), mexe com a cabeça –
admitiu.
Em dois jogos pelo Carioca, Carlos Eduardo atuou um total de 107
minutos. Depois de estrear diante do Botafogo, quando jogou apenas no
primeiro tempo, o camisa 10 voltou a campo contra o Olaria no último
sábado e foi substituído aos 17 minutos da segunda etapa. O ritmo ainda
não é o ideal, mas o jogador já demonstrou estar mais solto, arriscou
finalização e alçou a bola na área que resultou no gol de cabeça de
Renato. Mas, ao deixar o campo, demonstrava extremo cansaço.
Para a semifinal, Carlos Eduardo disse que o time tem que entrar para decidir a partida:
- Não podemos entrar em campo pensando no empate, pois, se levarmos um
gol no fim, vamos ter que correr atrás. Temos que entrar para matar e
garantir a vitória. O Botafogo vem forte, é semifinal e eles precisam da
vitória. Será um jogo muito importante para mim, tem que encarar com
uma partida única.
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