Em 20 minutos a missão já estava praticamente cumprida. O Flamengo
construiu uma frente confortável, minou as forças do Joinville e
caminhou sem sustos em direção a seu nono triunfo em nove jogos no NBB
5: 94 a 67. Fez mais. Nesta quinta-feira, deu de presente para a sua
torcida, que compareceu em peso ao ginásio do Tijuca, o recorde de
vitórias seguidas num início de temporada que pertencia ao Brasília
desde a segunda edição do campeonato. Por coincidência, a marca foi
alcançada exatamente no reencontro do técnico José Neto com seu ex-time.
- Essa é uma marca importante. Era uma motivação a mais que a gente
tinha para buscar mais uma vitória no campeonato e ficar mais tempo na
liderança. O recorde é importante também para que a equipe ganhe ainda
mais confiança. Esses jogadores vão ficar marcados na história do NBB.
Eu espero que esse recorde fique ainda mais difícil de se alcançar. Quem
sabe a gente busca a 10ª, a 11ª vitória - disse o treinador
rubro-negro.
Na história do confronto, o time da Gávea nunca havia perdido para os
catarinenses no Rio. Nas 12 vezes em que se enfrentaram, o Flamengo só
perdeu uma. Com o resultado, segue na ponta da tabela de classificação
como o único invicto. O rival amarga a quinta derrota consecutiva.
Cestinha do jogo, Marquinhos sobre para a enterrada (Foto: Marlon Falcão / Agência Estado)
Com a nova marca assegurada, a equipe rubro-negra volta à quadra neste
sábado, às 18h, contra o Limeira, no Ginásio do Tijuca. Na preliminar,
lutando desesperadamente para deixar a lanterna da competição, os donos
da casa recebem o Joinville, às 16h.
Como já está virando hábito, o ala Marquinhos foi o grande destaque do
líder do campeonato com 23 pontos. Vindo do banco, o ala Duda também
teve atuação de destaque com 18 pontos. Pelo lado do time catarinense,
três jogadores anotaram 12 pontos: Victor Correa, Thyago Aleo e Diego.
O jogo
Caio Torres abriu a contagem para o Rubro-Negro. Marquinhos seguiu o
pivô. A arquibancada ia no embalo. O dono da melhor campanha do
campeonato começava melhor. O ritmo forte estava lá, mas o Joinville
resistia. O experiente Ricardo Probst puxava o time de garotos, que não
deixou o Flamengo fugir mais do que seis pontos (14 a 8). Aos
pouquinhos, ia encontrando espaços e mesmo quando não tinha, arriscava
de longe. Foi assim que Durval conseguiu virar o jogo a favor da equipe
catarinense (16 a 14). Marquinhos diminuiu o prejuízo com dois lances
livres no finalzinho do primeiro quarto: 16 a 16.
No período seguinte, o técnico José Neto optou por manter apenas
Olivinha e Benite do quinteto titular em quadra. Duda e Gegê entraram,
deram mais velocidade ao time, que fez oito pontos seguidos contra
nenhum do adversário. Quando o Joinville olhou para o placar, o rival já
tinha 33 a 19. Após dois ataques bem-sucedidos dos visitantes, os
torcedores queriam mais. Duda obedecia. Chute de três certeiro. Benite
também fazia sua parte. Shilton guardava o garrafão e ajudava a manter a
vantagem na casa dos 12 pontos. Duda e pouco depois Marquinhos, com um
enterrada, fizeram aumentar para 16 no último minuto do segundo
período: 44 a 28.
Duda crava mais dois pontos na fácil vitória do Flamengo (Foto: Thiago Lavinas / Globoesporte.com)
Marquinhos levanta a torcida
Enquanto a equipe aquecia, Neto levava uma conversa ao pé de ouvido com
Kojo. O armador voltou para quadra e cadenciou o jogo. O Joinville
tirou proveito de duas bobeadas do Rubro-Negro para tentar se aproximar
(46 a 32). O ritmo de Marquinhos e seus companheiros não era tão intenso
como no primeiro tempo, para alívio dos comandados do técnico Ênio
Vecchi. Até a entrada de Gegê. Com o jovem armador, a velocidade estava
de volta. Rapidinho a vantagem cresceu (68 a 45). Com o jogo nas mãos,
Marquinhos foi descansar um pouco. Teve seu nome gritado pela
arquibancada em reconhecimento. De lá, com 19 pontos na conta, o ala viu
o Flamengo fechar o terceiro quarto: 69 a 47.
A última etapa começou com Benite como o único titular em quadra. Os
meninos Diego e Feliz ganharam vez. Ajudavam a administrar a vantagem
confortável de 79 a 54. A seis minutos do fim, Marquinhos e Duda foram
para o jogo. Mais dois pontos. Festa na arquibancada. O Joinville via a
marcação apertar. A bola batia no aro e não caía. Do outro lado, a
história era bem direrente. A cada cesta, o banco de reservas se
levantava para comemorar. O treinador estava satisfeito. A
invecibilidade segue intacta.
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