sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Colocado à prova, Dorival destaca o Carioca: ‘Quando perde é sufoco’


Dorival Junior no treino do Flamengo  (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Logo depois da vitória de Eduardo Bandeira de Mello nas urnas e a chegada de Paulo Pelaipe para comandar o futebol do Flamengo, a permanência ou não de Dorival Júnior entrou em pauta. Com contrato até o fim de 2013, o treinador, escolhido pela gestão anterior, foi mantido no cargo. A partir deste sábado, quando o time fará sua estreia no Campeonato Carioca, começará uma avaliação mais de perto do trabalho do treinador, que mistura o imediatismo da ânsia dos torcedores por um título regional com a necessidade de tempo para conseguir resultados.

- Time grande não pode deixar de brigar por títulos. Ah, canso de ouvir que o campeonato regional não serve para nada. Talvez não sirva quando você ganhe, pois quando perde é um sufoco - afirmou Dorival Júnior, que pela primeira vez como comandante do Rubro-Negro disputará o Carioca.

Tendo rodados por grandes clubes como Vasco, Santos, Atlético-MG e Inter, Dorival conhece bem a filosofia do futebol brasileiro. Depois de chegar no meio da temporada com o clube passando por turbulências, o técnico, agora, inicia uma nova fase, mas com um velho chavão:

- O treinador depende de resultados, unicamente do seu trabalho. Nesse início tudo é bonito, a garotada sendo lançada, mas eu dependo de resultados, sei disso e vou fazer o meu melhor. Se tivermos esse tempo, faremos um grande trabalho, mas é moroso, precisa de aceitação da torcida. Não é do dia para a noite.

Além da saída de Love, Welinton, Wellington Silva e Liedson, Dorival não poderá contar na estreia com jogadores que despontam como titulares, caso de Elias.

- Cada jogador que estamos deixando ao lado é por um motivo, alguns voltando de lesão, caso de Airton, Muralha, Gabriel, que chegou agora. Outros de adaptação física, caso do Elias. Nós já prevíamos um trabalho mais longo para ter uma base mais consolidada, casos do Gonzalez, Renato, Alex. Queremos melhorar o condicionamento do Thomás, para que amanhã não tire o jogador por 15 dias. Pré-temporada é curta, preparamos para o ano, não apenas para uma partida - destacou o treinador.

Diante do Quissamã, o treinador leva uma equipe com novidades, como o trio de ataque formado por Hernane, Nixon e Rafinha - o último fará o primeiro jogo como profissional. A única dúvida está entre Amaral e Cáceres. No mais, a equipe que fará a estreia no estadual terá Felipe, Léo Moura, Renato Santos, Frauches e Ramon; Amaral ou Cáceres, Ibson e Rodolfo; Rafinha, Hernane e Nixon.

Dorival pede doação e afirma que novos reforços chegarão para suprir carências, principalmente no setor ofensivo.

- O Flamengo, quando vai a campo, independentemente do time, o jogador tem que se doar. Não vamos abrir mão, vamos lutar pelo título carioca com qualquer formação que seja. Com um pouco mais de dificuldades? Concordo. Saindo um pouco atrás? Também. Mas a diretoria trabalha forte para que, em vez de saídas, tenhamos chegadas também. Chegarão mais alguns nomes que venham ajudar o elenco, mas com calma, muito bem executado, dentro da possibilidade, num momento de transição difícil.

O treinador disse que, caso a nova diretoria decidisse pela sua saída, ele entenderia:

- Tinha contrato até o ano que vem, logicamente que com a mudança de diretoria havia possibilidade de permanência ou não. Espero responder a confiança.



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