Dois dias depois de desabafar sobre seu momento no Flamengo, Ibson
foi chamado pelo diretor de futebol Paulo Pelaipe para uma rápida
conversa. Diante da imprensa, o dirigente e o volante trocaram algumas
palavras durante menos de cinco minutos, após o treino da manhã desta
sexta-feira. O papo foi encerrado com tapinhas de Pelaipe nas costas do
camisa 7, que treinou entre os titulares e vai participar da partida
contra o Volta Redonda, domingo, pela terceira rodada da Taça
Guanabara.
Nesta sexta, estava prevista apenas a entrevista de Dorival Júnior. Ibson, no entanto, concedeu coletiva e encerrou a polêmica. Disse que não se arrependeu de ter desabafado na quarta, mas que ele e Pelaipe se acertaram.
Nesta sexta, estava prevista apenas a entrevista de Dorival Júnior. Ibson, no entanto, concedeu coletiva e encerrou a polêmica. Disse que não se arrependeu de ter desabafado na quarta, mas que ele e Pelaipe se acertaram.
- Não me arrependo de nada que eu faço, está bem esclarecido.
Resolvemos o que temos para resolver, mas não é nada que nos atrapalhe.
Como ele (Pelaipe) falou, nenhum jogador é inegociável. Tendo o clube
que queria comprar e o que queira vender, isso é normal no futebol. Ele
(Pelaipe) falou comigo, conversou comigo, me deixou tranquilo. Agora é
pensar para frente, no jogo de domingo. O mais importante é sempre o
Flamengo, que está sempre na nossa frente.
Autor do gol do Flamengo no empate por 1 a 1 com o Madureira, na tarde
de quarta-feira, em Conselheiro Galvão, Ibson não comemorou. Na saída de
campo para o intervalo, ele atribuiu seu comportamento às críticas que
vem recebendo nesta temporada. O volante, que tem contrato até 2015, é
contestado pela torcida e, por ter dívidas a receber do clube e ter um
salário considerado alto pela atual gestão, viu seu nome especulado como
opção para deixar o Rubro-Negro. Visivelmente incomodado, ele desabafou
com sua situação.
- Foi um momento do jogo. Infelizmente vêm acontecendo coisas
desagradáveis a meu respeito. Todo mundo sabe o carinho que eu tenho por
essa torcida, por esse clube. Quando o Flamengo foi atrás de mim, nunca
hesitei, sempre demonstrei vontade em voltar. Mas vêm acontecendo
coisas que não me agradam. Não estou reclamando, é apenas um desabafo.
Vou sempre trabalhar dentro de campo, dando o meu melhor. Botei na
cabeça que vou voltar melhor que o ano passado. Agora é continuar dentro
de campo cada vez mais calando os críticos.
Ao fim da partida, o jogador voltou a conceder entrevista e, ao ser
perguntado se o jogo desta quarta foi seu último pelo Flamengo, ele
desconversou.
- Não sei, tem que perguntar a quem é de direito: o Eduardo Uram, meu
empresário, e as pessoas que estão dentro do Flamengo. Eles estão
conversando.
Após o jogo, o técnico Dorival Júnior e o diretor de futebol colocaram
panos quentes e disseram que o assunto seria tratado internamente.
Na última semana, em enquete realizada pelo GLOBOESPORTE.COM, a maioria
da torcida não se opos à negociação do camisa 7. Dos internautas que
responderam à pergunta “Ibson fará falta ao Fla se for negociado?”, 85%
(14.054) votaram que não, e 15% (2.415) acreditam que sim. No total,
foram 16.469 votos na enquete.
Ibson iniciou a terceira passagem pelo Flamengo em maio do ano passado, quando foi apresentado pela então presidente Patricia Amorim e pelo diretor de futebol Zinho como principal reforço para o segundo semestre. Mas o jogador teve meses irregulares e passou a ser criticado pela torcida. Para contratá-lo, o Rubro-Negro liberou o lateral-direito Rafael Galhardo e o zagueiro David Braz para o Santos e teve de dar garantias de que assumiria o pagamento de cerca de R$ 2 milhões ao Spartak de Moscou, da Rússia.
Ibson iniciou a terceira passagem pelo Flamengo em maio do ano passado, quando foi apresentado pela então presidente Patricia Amorim e pelo diretor de futebol Zinho como principal reforço para o segundo semestre. Mas o jogador teve meses irregulares e passou a ser criticado pela torcida. Para contratá-lo, o Rubro-Negro liberou o lateral-direito Rafael Galhardo e o zagueiro David Braz para o Santos e teve de dar garantias de que assumiria o pagamento de cerca de R$ 2 milhões ao Spartak de Moscou, da Rússia.
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