Patricia Amorim deixará a presidência do Flamengo em 31 de dezembro sem
ter conseguido concluir as obras da parte principal do Ninho do Urubu.
Ao longo de 2012, muitos foram os prazos e os problemas para cumpri-los.
Quando a maquete do CT foi apresentada, em maio do ano passado, a
previsão de término dos módulos 16 e 17, destinados ao futebol
profissional, era de 12 meses. Depois, com a necessidade de fazer
alterações no projeto original, a estimativa pulou para julho ou agosto.
Por fim, a ideia era inaugurar as instalações em dezembro, para que a
pré-temporada pudesse ser realizada por completo no centro de
treinamento, mas a dura realidade financeira do clube comprometeu o
avanço e praticamente parou as máquinas.
Os alicerces de dinheiro ficaram abalados por conta de penhoras por falta de pagamento de impostos de 2007, 2008 e 2009. Cerca de R$ 20 milhões estão retidos. O aperto tem reflexo direto nas obras. Além de atrasos nos pagamentos da empreiteira, o clube teve dificuldades para quitar o aluguel de contêineres e chegou a devolver os que não estavam sendo utilizados. O número de funcionários que trabalhavam no dia a dia foi reduzido numa política de corte de gastos.
Segundo o vice-presidente de patrimônio Alexandre Wrobel, responsável por conduzir as obras, o ritmo da construção caiu em 70% nos últimos quatro meses. Sem verba, não havia nada a fazer.
- Estamos finalizando a gestão com quase 80% das obras civis dos dois módulos concluídas. O ritmo vinha forte até julho. A partir de julho, em razão das dificuldades financeiras, o fluxo diminuiu, o ritmo da obra caiu. Hoje está bem mais lento. Como a questão financeira começou a apertar, passei a deixar de fazer algumas contratações, de comprar material, a gente deu uma segurada. Estamos pagando o que estamos devendo. Com mais quatro meses de obras com o fluxo normal, eu acredito que os módulos 16 e 17 estarão prontos.
Os alicerces de dinheiro ficaram abalados por conta de penhoras por falta de pagamento de impostos de 2007, 2008 e 2009. Cerca de R$ 20 milhões estão retidos. O aperto tem reflexo direto nas obras. Além de atrasos nos pagamentos da empreiteira, o clube teve dificuldades para quitar o aluguel de contêineres e chegou a devolver os que não estavam sendo utilizados. O número de funcionários que trabalhavam no dia a dia foi reduzido numa política de corte de gastos.
Segundo o vice-presidente de patrimônio Alexandre Wrobel, responsável por conduzir as obras, o ritmo da construção caiu em 70% nos últimos quatro meses. Sem verba, não havia nada a fazer.
- Estamos finalizando a gestão com quase 80% das obras civis dos dois módulos concluídas. O ritmo vinha forte até julho. A partir de julho, em razão das dificuldades financeiras, o fluxo diminuiu, o ritmo da obra caiu. Hoje está bem mais lento. Como a questão financeira começou a apertar, passei a deixar de fazer algumas contratações, de comprar material, a gente deu uma segurada. Estamos pagando o que estamos devendo. Com mais quatro meses de obras com o fluxo normal, eu acredito que os módulos 16 e 17 estarão prontos.
Ritmo das obras do CT caiu mais da metade no segundo semestre (Foto: Janir Júnior/Globoesporte.com)
Com a derrota de Patricia Amorim na tentativa de reeleição, o
presidente eleito para comandar o clube no próximo triênio, Eduardo
Bandeira de Mello, terá de conduzir a conclusão do projeto com sua
equipe. Wrobel já iniciou a transição e fez contato com Rodolfo Landim,
que assumirá a sua pasta.
- Já falei com o Rodolfo Landim, ele está no exterior. É meu amigo,
supercompetente. Combinamos de nos encontrar quando ele voltar. Estou em
contato direto com a nova gestão. Vou ajudar 100% em tudo. No CT, Morro
da Viúva, casa de São Conrado. Estou aqui com um dossiê prontinho –
disse Wrobel.
Wrobel estima que até agora foram investidos cerca de R$ 7 milhões na construção dos módulos 16 e 17 do CT. Numa parceria, a Brahma investiu cerca de R$ 3 milhões para fazer o campo 5 – onde o time profissional treina atualmente – e também ajuda na parte de mobília e decoração do bloco 17. Mas para evitar problemas como o enfrentado por conta de penhoras, a empresa injeta o dinheiro sem que passe pelas contas bancárias do clube.
O vice de patrimônio explica que a intenção, caso Patricia fosse reeleita, era retomar o ritmo normal da obra a partir do próximo mês.
- A situação financeira seria regularizada a partir de janeiro. Foi o que o departamento de finanças me passou. Poderíamos voltar a dar um ritmo mais forte, aí estaríamos entregando os dois módulos em maio.
A pré-temporada do time, que começa em 3 de janeiro, está prevista para o Ninho do Urubu. Os atletas realizariam todas as atividades no CT, mas dormiriam no hotel que já serve de concentração para o grupo, na Barra da Tijuca, também na zona Oeste do Rio. Com a mudança na presidência, ainda não houve a confirmação do planejamento feito pelo diretor de futebol Zinho.
O módulo do time profissional até ganhou forma, há uma estimativa para ficar pronto, mas a construção do sonho do CT concluído ainda não tem data exata para virar realidade.
Wrobel estima que até agora foram investidos cerca de R$ 7 milhões na construção dos módulos 16 e 17 do CT. Numa parceria, a Brahma investiu cerca de R$ 3 milhões para fazer o campo 5 – onde o time profissional treina atualmente – e também ajuda na parte de mobília e decoração do bloco 17. Mas para evitar problemas como o enfrentado por conta de penhoras, a empresa injeta o dinheiro sem que passe pelas contas bancárias do clube.
O vice de patrimônio explica que a intenção, caso Patricia fosse reeleita, era retomar o ritmo normal da obra a partir do próximo mês.
- A situação financeira seria regularizada a partir de janeiro. Foi o que o departamento de finanças me passou. Poderíamos voltar a dar um ritmo mais forte, aí estaríamos entregando os dois módulos em maio.
A pré-temporada do time, que começa em 3 de janeiro, está prevista para o Ninho do Urubu. Os atletas realizariam todas as atividades no CT, mas dormiriam no hotel que já serve de concentração para o grupo, na Barra da Tijuca, também na zona Oeste do Rio. Com a mudança na presidência, ainda não houve a confirmação do planejamento feito pelo diretor de futebol Zinho.
O módulo do time profissional até ganhou forma, há uma estimativa para ficar pronto, mas a construção do sonho do CT concluído ainda não tem data exata para virar realidade.
Morro da Viúva e mansão de São Conrado
No encontro com Rodolfo Landim, Wrobel também tratará do andamento das
negociações para desocupação da sede do Morro da Viúva e do futuro da
mansão Fadel Fadel, em São Conrado, que na década de 80 serviu de
concentração para Zico, Júnior, Adílio e outras estrelas do Flamengo.
Em janeiro deste ano, o Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou a concessão por 25 anos (renováveis por mais 25) da sede do Morro da Viúva para a empresa EBX, do bilionário Eike Batista. A assinatura do compromisso ocorreu em março. O empresário investirá R$ 100 milhões para transformar o sucateado imóvel - em uma área privilegiada da Zona Sul do Rio - em um hotel com instalações quatro estrelas. O edifício Hilton Santos, na Avenida Rui Barbosa (número 170), hoje tem 148 apartamentos com 140 metros quadrados cada.
Com a reforma, passará a ter 454 quartos.
O clube recebeu cerca de R$ 2,8 milhões de adiantamento e receberá
cerca de R$ 270 mil mensais ou 2,63% do faturamento bruto - o valor que
for maior.
- Fizemos acordo com 90% dos moradores, várias unidades já estão
desocupadas e outras estarão sendo desocupadas até o fim do mês. Vão
restar poucos moradores. No caso dos que não desocuparem, serão
executadas ações de despejo – informou Wrobel.
Ainda de acordo com o vice de patrimônio, pelo acordo com a empresa de
Eike Bastista, o Flamengo vai receber R$ 15 milhões quando o prédio do
Morro da Viúva for totalmente desocupado. Um dos benefícios do acordo é
que, quando o hotel estiver em funcionamento, o clube poderá usar 20
quartos, por duas diárias, como concentração antes das partidas.
Sobre a mansão de São Conrado, o clube busca a regularização fiscal para encontrar uma solução para o imóvel e tenta a Certidão Negativa de Débito (CND). Houve propostas para envolver a casa em uma transação, mas ela continuaria como patrimônio do clube. Uma das ofertas seria para que ela funcionasse como casa de festas infantis. A mansão Fadel Fadel está parada, em péssimo estado de conservação, inabitável e deteriorada. Outra missão para a gestão de Bandeira de Mello.
- Está formatada uma parceria, mas para fazer qualquer transação precisamos da Certidão Negativa de Débito. O clube está buscando essa certidão. O pessoal da Chapa Azul está sabendo. Mantive contato com o grupo que seria parceiro e estão no aguardo. Saindo a certidão, será levado ao Conselho Deliberativo - disse Wroebel.
Sobre a mansão de São Conrado, o clube busca a regularização fiscal para encontrar uma solução para o imóvel e tenta a Certidão Negativa de Débito (CND). Houve propostas para envolver a casa em uma transação, mas ela continuaria como patrimônio do clube. Uma das ofertas seria para que ela funcionasse como casa de festas infantis. A mansão Fadel Fadel está parada, em péssimo estado de conservação, inabitável e deteriorada. Outra missão para a gestão de Bandeira de Mello.
- Está formatada uma parceria, mas para fazer qualquer transação precisamos da Certidão Negativa de Débito. O clube está buscando essa certidão. O pessoal da Chapa Azul está sabendo. Mantive contato com o grupo que seria parceiro e estão no aguardo. Saindo a certidão, será levado ao Conselho Deliberativo - disse Wroebel.
Mansão que servia de concentração em São Conrado
Nenhum comentário:
Postar um comentário