A noite de quinta-feira foi agitada na sede da Gávea. Cavaletes de
ferro isolavam o auditório Rogério Steinberg e era preciso senha para
entrar na votação para impugnação ou liberação de três chapas inscritas
nas eleições do Flamengo. Patricia
Amorim e Jorge Rodrigues tiveram suas candidaturas aprovadas, enquanto
Wallim Vasconcellos e seu vice Rodolfo Landim tiveram seus nomes vetados
pelos votantes. Presidente do Conselho de Administração do
Flamengo, Mauricio Gomes de Mattos explicou por que optou pelo voto
secreto e disse que aguarda o anúncio oficial dos nomes dos substitutos
de Wallim até o fim do dia - segundo apuração do blog Primeira Mão, Eduardo Bandeira de Mello será o candidato, com João Henrique Areias como vice. A eleição será 3 de dezembro, uma segunda-feira.
- A sessão não terminou, está aberta. Pelo estatuto, tenho até o dia 10
para homologar as chapas. O Wallim e o Landim tiveram um problema
baseado em artigo do estatuto do clube, mas pediram a substituição dos
nomes, e, a contar de ontem, têm 24 horas para apresentá-los. Sendo
sócio em condições legais, sem problemas. E vamos também analisar as
certidões dos candidatos, não havendo impedimento as chapas serão
homologadas - afirmou Mauricio Gomes de Mattos.
As candidaturas de Wallim Vasconcellos à presidência do Flamengo e do
seu vice, Luiz Rodolfo Landim Machado, foram impugnadas pelo Conselho de
Administração por não terem cinco anos de vida associativa ininterrupta
no clube, requisito para concorrer no pleito. As votações foram
separadas. Wallim foi impugnado por 54 a 31. Landim, por 52 a 33.
A reunião do Conselho durou pouco mais de três horas. Antes de cada
votação, advogados dos candidatos apresentavam argumentos de defesa.
Patricia Amorim foi a primeira a passar pelo crivo, seguida de Jorge
Rodrigues e, por último, Wallim Vasconcellos. Logo após o anúncio da
impugnação, correligionários da atual presidente comemoraram de forma
efusiva o veto ao candidato que tem apoio de Zico e aparecia com força
em pesquisas realizadas no clube. Os votos foram feitos em pequenas cédulas de papel. O presidente do
Conselho de Administração decidiu pelo voto secreto, foi alvo de
críticas, mas depois garante que foi parabenizado pela decisão.
- Fui muito criticado, mas depois me deram razão. Se mantenho o rito de
voto aberto aconteceria um debate em meio a um clima tenso e a reunião
não acabaria nunca. E, com as chapas se odiando, poderiam acontecer
ataques políticos agressivos e também pessoal. Com voto fechado, todos
puderam votar sem nenhum tipo de pressão. Depois, recebi parabéns pela
decisão - completou Mauricio.
Até o momento, Patricia Amorim, Maurício Rodrigues, Lysias Itapicurú,
Ronaldo Gomlevsky e Jorge Rodrigues concorrem ao cargo para o triênio
2013-2015. A comissão eleitoral aguarda os nomes que serão lançados pela
chapa de Wallim Vasconcellos.
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