Com o acordo entre Corinthians e Caixa
Econômica Federal, anunciado há dois dias, o clube paulista retoma a
liderança do ranking dos patrocínios no futebol brasileiro. A seguir, o
panorama atual:
1) Corinthians – R$ 42 milhões
(CEF – R$ 30 milhões; Fisk – R$ 10 milhões; Tim – R$ 2 milhões)
2) Santos – 33,5 milhões
(BMG – R$ 20 milhões; Netshoes – R$ 5,5 milhões, Seara – R$ 3 milhões; Marabraz – R$ 3 milhões; CSU CardSystem – R$ 2 milhões)
3) São Paulo – R$ 32,5 milhões
(Semp Toshiba – R$ 23 milhões; Wizard – R$ 6 milhões*; Tim – R$ 3,5 milhões)
4) Palmeiras – Entre R$ 20 milhões e R$ 27 milhões*
(Kia – Entre R$ 18 milhões e R$ 25 milhões*; Tim – R$ 2 milhões)
5) vasco – R$ 22 milhões
(Eletrobras – R$ 16 milhões; BFG – R$ 4 milhões; Tim – R$ 2 milhões)
6) Botafogo – R$ 20 milhões
(Guaraviton – R$ 16 milhões; Havoline – R$ 2 milhões; Herbalife – R$ 2 milhões*)
7 ) Flamengo – R$ 19 milhões
(BMG – R$ 9 milhões; Mobil Super – R$ 5 milhões; Triunfo Logística – R$ 3 milhões; Tim – R$ 2 milhões)
8) Grêmio e Internacional – Entre R$ 15 e R$ 20 milhões *
(Banrisul + Tramontina + Tim)
9) Cruzeiro – Entre R$ 15 milhões e R$ 17 milhões*
(BMG + Guará Mix)
10) Atlético-MG – Entre R$ 12,5 milhões e R$ 15 milhões*
(BMG + MRV)
*Valores estimados
Ranking atualizado às 18:05 hs
Obs: Os valores acima foram
divulgados na mídia – incluindo estimativas devido às cláusulas de
confidencialidade. Não foram consideradas parcerias pontuais firmadas ao
longo do ano, bem como aquelas recém-acordadas (caso do vasco com a empresa Fertilize). O patrocínio do Palmeiras
pelo BMG se dá a título de abatimento de dívidas, não constando nos
balanços como “receita” – sendo assim desconsiderado. Por fim, os termos
finais dos contratos são variados, com diversos deles se encerrando ao
final de dezembro.
Ainda que os valores angariados pelo Corinthians
sejam substancialmente inferiores aos da “era Ronaldo” – quando batiam
na casa dos R$ 50 milhões – pode-se dizer que a situação atual é
favorável, posto que o craque abocanhava fatias consideráveis dos
acordos da época. Sendo assim, o Corinthians volta a fazer valer a
máxima de “camisa mais valiosa” – desta vez se baseando em um patrocínio
estatal calcado em questões bem mais políticas do que mercadológicas.
Embora a diretoria corintiana negue, os oito meses sem patrocínio máster constituíram grande prejuízo a um clube cujas perspectivas de exposição eram fantásticas – após o título da Libertadores e pela participação no Mundial. Cabe ainda avaliar quais foram as contrapartidas oferecidas a Tim e Fisk, anunciantes que ficarão de fora do uniforme pela exigência da FIFA de patrocínio único no Japão.
A segunda posição ocupada pelo Santos
reflete os benefícios da permanência de Neymar e da recente “era de
ouro” do clube. Entretanto, a má fase atual – com o Peixe fora da
Libertadores – possivelmente refletirá nos cofres santistas. O que se
diz é que o primeiro golpe será sentido com o fim do patrocínio do Banco
BMG, a partir de 2013 redirecionando foco para os clubes mineiros. A
baixa exposição em mídia do Santos em comparação ao “trio de ferro” da
capital é um elemento contra o qual muitos santistas se insurgem.
Após longo período de uniforme limpo, outro que assinou boa parceria foi o São Paulo.
Os R$ 23 milhões pagos pela Semp Toshiba podem ser considerados o
segundo melhor patrocínio do país – já que os repasses da Kia ao Palmeiras
são questionados constantemente. O Verdão anunciou R$ 25 milhões, mas o
mercado afirma que na prática seriam cerca de R$ 18 milhões. Ao menos a
montadora coreana já anunciou que manterá o acordo nos moldes atuais
apesar do rebaixamento alviverde à Série B.
Em um segundo pelotão surgem os clubes do Rio de Janeiro, cabendo uma importante observação. O Fluminense
não foi incluído por conta da falta de transparência na parceria com a
Unimed – bombardeada toda vez que o Tricolor vai mal, exaltada a cada
conquista de título. A verdade é que os aportes realizados pela Unimed
Participações no clube das Laranjeiras incluem pagamento de salários,
premiações e aquisição de direitos econômicos. Sendo assim, o mercado
especula investimentos que superem em muito os R$ 60 milhões anuais – de
longe o maior patrocínio do Brasil.
Feita a exceção, continua espantosa a posição ocupada pelo Flamengo
– há dois anos detentor dos piores números do Rio. A péssima gestão
Patrícia Amorim faz com que o clube já some quase um ano e meio sem
patrocinador máster (somando meses de 2011 com todo o exercício 2012).
Para piorar, um dos parceiros (Triunfo Logística) é de propriedade de
Jorge Rodrigues, candidato a presidente nas eleições do próximo dia 3 de
dezembro. Trata-se de uma situação vedada pelo estatuto, mas que contou
com vistas grossas dos conselhos do clube. Como o candidato supostamente compõe a oposição, seria interesse da atual mandatária a pulverização dos votos entre as inúmeras chapas contrárias à sua.
Botafogo e vasco,
em estágio pouco superior ao de mineiros e gaúchos, tentam angariar
melhores cifras. Ainda que ambos não joguem a Libertadores, a maior
exposição por conta das transmissões televisivas justificaria montantes
superiores aos atuais. Neste sentido o Botafogo sai na frente, na
esperança de potencializar a imagem do bom moço (e craque) Seedorf, seu
principal jogador. Em Minas, a “febre Ronaldinho” e o retorno à
competição continental compõem os trunfos do Atlético-MG em busca de dias melhores. No Sul, a perspectiva de novas arenas para a dupla Grêmio e Internacional cria a possibilidade de pacotes incluindo patrocínio + naming rights, alavancando suas posições.
Um grande abraço e saudações!
DEUS É FLAMENGO
Nenhum comentário:
Postar um comentário